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A Enauta (ENAT3) anunciou na véspera que seu acionista controlador Queiroz Galvão S.A. irá propor uma alocação de resultados de 2021 diferente da proposta pela diretoria na assembleia geral a ser realizada na próxima semana, com pagamento de dividendos no valor de R$ 450 milhões (versus proposta da administração de R$ 39,5 milhões), o que implica um dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) de 7,8%.
A matéria deverá ser objeto de deliberação na referida Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da empresa.
Segundo o documento, a proposta é de pagamento a partir de 30 de maio deste ano. O prazo foi postergado — na proposta anterior, a data era 6 de maio, semana que vem — a pedido da administração da empresa.
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Em relatório chamado: “Dividendos versus M&A [ou fusões e aquisições]: dividendos ganham?”, o Morgan Stanley comentou a notícia.
Os analistas destacaram que a Enauta possui uma forte posição de caixa líquido que lhe permite avançar com o pleno desenvolvimento de Atlanta ao mesmo tempo em que paga uma remuneração robusta aos acionistas, e os minoritários receberão com satisfação o pagamento extraordinário de dividendos.
Mas, com base em conversas recentes com a empresa, os analistas destacaram que tiveram a impressão de que o foco total estava na recomposição do portfólio de ativos, que estaria mais alinhado com a estratégia seguida por outras empresas de exploração e produção neste momento.
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Os analistas seguem com recomendação equalweight (exposição em linha com a média do mercado) para os ativos ENAT3, com preço-alvo de R$ 21, o que configura um valor cerca de 4% menor em relação ao fechamento de quarta-feira (20).
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