Enauta (ENAT3) desconversa sobre interesse de PRIO (PRIO3) e diz ser capaz de desenvolver seus campos

Imprensa trouxe informação sobre possível conversa para compra de participação da Enauta pela PRIO

Augusto Diniz

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Repercutindo tema que tomou conta do noticiário nos últimos dias, Décio Oddone, CEO da Enauta (ENAT3), disse, durante teleconferência de resultados do 1º trimestre, nesta quinta-feira (11), que a questão de um possível interesse da PRIO (PRIO3) na companhia é um assunto dos sócios da petroleira júnior.

“A questão é do acionista, a gente não tem interferência nisso, não tem participação nisso”, afirmou o CEO. A PRIO estaria negociando a compra de 28% da Enauta, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo. A Enauta, por sua vez, negou a informação.

“A Enauta é uma empresa tradicional. Ela está no mercado há muitos anos, com capital aberto desde 2011. Foi a primeira e única empresa independente brasileira a desenvolver um projeto greenfield em águas profundas, que é o projeto de Atlanta (na Bacia de Santos)”, acrescentou.

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Oddone exaltou a equipe da Enauta, que disse estar preparada, capacitada e pronta para desafios, seja em Atlanta ou em outros campos.

“Não precisamos de ajuda de ninguém para desenvolver projetos. A realidade tem mostrado isso. E veremos no ano que vem, quando o sistema definitivo for entregue, a concretização de tudo que a gente vem relatando”, afirmou.

O sistema definitivo do Campo de Atlanta será finalizado em 2024 e colocará a empresa em outro patamar de produção de petróleo, pontuou.

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Enauta busca oportunidades

Décio Oddone disse, inclusive, que a empresa tem olhado oportunidades de aquisição no Brasil e exterior, mas que por ora não tem nenhuma novidade para anunciar.

“A gente está preparado para fazer aquisições. Nós precisamos diversificar portfólio e a entrega do sistema definitivo (do Campo de Atlanta) vai nos colocar numa posição de geração de caixa muito superior ao que temos hoje. Então, nos enxergamos como potencial consolidador mais à frente”, explicou a analistas de mercado.

Rumo ao sistema definitivo

O executivo ressaltou ainda que mais importante do que o resultado do trimestre é a trajetória da companhia, que vai levar o sistema definitivo para operação no ano que vem.

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“A gente sabe que em 2023 e início de 2024, enquanto estiver esse sistema em operação, nós vamos continuar tendo esse tipo de dificuldade”, disse.

“O mais importante é que cada trimestre que passa a gente está ficando cada vez mais próximo de entregar o sistema definitivo pra ter mais volume (no campo) em Atlanta”, destacou.

Estrutura de capital

Paula Costa, CFO da Enauta, crê que a companhia tem “grande avenida de crescimento orgânico”, mas que também busca oportunidade de crescimento inorgânico. Além disso, ela cita que a companhia procura melhorar também sua estrutura de capital.

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“Terminamos ano passado com a emissão de debentures de R$ 1,4 bilhão. Esse ano, principalmente o mercado local, começou um pouco mais lento para emissões”, comentou.

“Faz parte do crescimento da companhia. A gente continua buscando essas fontes de financiamento para o crescimento. A companhia teve sempre uma posição de caixa confortável por muitos anos. Isso deu flexibilidade na tomada de decisão. É um trabalho contínuo de analisar as alternativas de mercado”, acrescentou.

Preço do petróleo

Décio Oddone ainda comentou na teleconferência sobre o preço de petróleo, que tem feito a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) cortar a produção.

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Ele comentou que com relação ao petróleo russo, se tem dúvidas sobre se efetivamente aquele país está diminuindo ou não as exportações.

“Foram feitas sanções, as sanções entraram em vigor, tanto do petróleo russo quanto de derivados, e a gente está vendo agora um fluxo maior de diesel para a América Latina. O Brasil comprando diesel russo, Chile comprando diesel russo. Isso cria uma situação nova para o petróleo”, disse.

Oddone espera que o preço do barril do petróleo chegue ao final do ano no preço médio que tem se visto hoje.

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