Como Eneva (ENEV3), Equatorial (EQTL3) e Vibra (VBBR3) se voltam à energia renovável?

Recentes anúncios de aquisições mostram o apetite das empresas na ampliação de matrizes limpas nos negócios

Augusto Diniz

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Os recentes anúncios de Eneva (ENEV3), Equatorial (EQTL3) e Vibra (VBBR3) de aquisições de empresas com atuação no segmento de energia renovável mostra o quanto o mercado se volta às matrizes limpas.

A Eneva, que tem forte atuação em fornecimento de energia por meio de geração termelétrica, anunciou mês passado que finalizou a compra da Focus Energia, que, inclusive, negociava suas ações na B3.

A Focus tem um pipeline de 3,9 GWp em projetos renováveis. Um deles é o complexo fotovoltaico solar Futura 1, em construção na Bahia, com capacidade nominal de 870MWp. A previsão de operação é no final desse ano.

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De acordo com a Eneva, a operação com a Focus irá permitir diversificação de fontes de energia no seu portfólio. A Eneva prevê menos despacho térmico em 2022, já que as térmicas foram muito acionadas devido a crise hídrica registrada ano passado.

No entanto, a Eneva segue com seu propósito de ocupar espaço no mercado com fornecimento de energia térmica, garantindo participação em leilões de geração no segmento.

Além disso, a empresa está colocando em funcionamento comercial duas turbinas a gás da UTE Jaguatirica II, em Roraima, que fazem pardo do projeto Azulão-Jaguatirica.

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Equatorial foca em geração

Sem o apetite de antes em participações de leilões de linha de transmissão, considerando hoje menos atrativos, a Equatorial Energia concluiu recentemente a compra de 100% das ações da Echoenergia por R$ 7 bilhões.

A Echoenergia opera atualmente 10 parques de geração eólica que, juntos, somam 1.2 GW em capacidade instalada, e conta com projetos em desenvolvimento focados em energia solar, que envolvem mais 1.2 GW de capacidade.

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A Equatorial tem seis distribuidoras de energia pelo país e no final do ano passado passou a atuar oficialmente na área de saneamento, depois de montar um consórcio com a SAM (especializada no setor e pertencente ao grupo Aterpa) e vencer o leilão pela Companhia de Saneamento do Amapá.

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Por sua vez, a Vibra Energia passou quase toda a apresentação do balanço do ano passado explicando a analistas de mercado a diversificação de produtos na empresa. Os planos são ambiciosos e visam ocupar espaço no crescente mercado livre de energia.

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A Vibra fechou acordo com a Comerc, uma das principais comercializadoras de energia, em outubro do ano passado. A Comerc hoje tem em operação 493 MW e prevê chegar a 1.665 MW em 2024, atuando em geração distribuída e geração centralizada de fontes de energia renováveis.

A companhia ainda trabalha para desenvolver negócios com o biometano, em parceria com a Zeg Biogás, o etanol, com a Copersucar, e rede de eletropostos com a EZVolt.

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