Enquanto a Bolsa perde 13,53%, eles lucram 5,4%; veja como

Estudar é a chave para aproveitar as oportunidades do mercado de ações, como o super ciclo que pode estar se aproximando. Inclusive para quem começou a investir há pouco tempo

Tarcisio Alves

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SÃO PAULO – Em meados de junho, enquanto a Bolsa sinalizava queda de -7,81%, o engenheiro eletricista Leonardo Fonseca da Cruz, do Rio de Janeiro, comemorava um ganho de +1,47%. O contraste chama ainda mais atenção porque Leonardo não é um investidor tarimbado — ao contrário.

“Comecei a minha carteira em fevereiro deste ano. Desde o dia em que entrei até hoje, a Bolsa caiu -13,53% e estou com ganhos de +5,40%”, comenta o engenheiro, que tornou-se investidor após fazer um curso online que ensina como montar uma carteira de ações vencedora.

A grande vantagem de cursos como esse é que todo o conhecimento é sistematizado em módulos, com o passo a passo para fazer as primeiras incursões no mundo dos investimentos. “Bolsa não é cassino nem jogo de azar, como a maioria das pessoas pensa. Estudar, manter-se atualizado, ler a literatura básica e, se der, ter um ‘coach’ profissional e imparcial ajuda muito”, opina o também engenheiro Bruno Pires, de Sorocaba (SP), que investe há dois anos.

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A importância da “bússola”

Pires conta que os conselhos, indicações e análises do analista responsável pela carteira que ele segue — no caso, Thiago Salomão, editor-chefe do InfoMoney e analista da Carteira Recomendada InfoMoney — ajudaram os alunos a obter, em menos de cinco meses, retorno de cerca de 50% do valor investido na empresa de celulose fruto da fusão entre Fibria e Suzano (FIBR3).

“Sem falar que o papel se manteve inabalável durante a greve dos caminhoneiros, enquanto o Ibovespa derretia”, completa o aluno.

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Seguidora da carteira desde novembro, a aposentada Christina Daher, do Rio de Janeiro, também lucrou com esse ativo. “Era uma empresa na qual eu não investia, mas o Thiago comentou que ela seria uma boa defensiva em caso de queda da Bolsa e alta do dólar”, lembra Christina, que não se arrependeu. “Tive um ganho bem expressivo com a ação e ainda a mantenho em carteira até hoje”, festeja.

Timing é fundamental

O fato é que há hoje ações baratas demais para os lucros que podem gerar. E, com as indicações certas e o timing correto para agir, é possível aproveitá-las.

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Nem todo mundo, porém, tem “estômago” para entrar forte no mercado. O representante comercial Tiago Bueno, de Varginha (MG), conta que não seguiu a recomendação dada por Salomão exatamente por esse motivo.

“Foi um caso emblemático para mim, já que as ações de Magazine Luiza (MGLU3), na época, tiveram uma senhora valorização”, conta ele. Somente entre dezembro de 2015 e setembro de 2017, quando fazia parte da Carteira InfoMoney, esse ativo chegou a valorizar +7.000%.

Bueno investe há cerca de dois anos e acredita que, a exemplo do que afirmam outros alunos, para quem quer começar a investir na Bolsa, o primeiro passo é estudar. “Essa é mais do que uma necessidade, mas, ao mesmo tempo, uma baita diversão”, defende Bueno, que já se considera bem mais preparado para aproveitar as oportunidades que surgirem.

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Bolsa x Carteira InfoMoney

O primeiro semestre ficou marcado pelo desempenho negativo do mercado de ações brasileiro, expondo os reflexos de um cenário político-eleitoral recheado de imprevisibilidade, da galopante alta do dólar, da greve dos caminhoneiros e o embate comercial entre China e Estados Unidos.

Com isso, o Índice Bovespa (IBOV) chegou ao final dos primeiros seis meses do ano acumulando perdas de -4,76%.

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Mas quem seguiu as indicações da Carteira Recomendada InfoMoney conseguiu se blindar das turbulências e até comemorar lucros. Afinal, a carteira vem batendo o índice pelo quinto mês consecutivo e fechou o semestre com valorização de +4,93%, quase dez pontos percentuais acima.

Se levarmos em conta o período desde a criação da Carteira Recomendada InfoMoney, a vantagem é ainda maior: nada desprezíveis 25 pontos percentuais.

Vem aí o Super Ciclo

“Chegamos ao 30º mês da Carteira InfoMoney e o que era uma simples iniciativa para ajudar investidores a darem seus primeiros passos na Bolsa tornou-se extremamente rentável para os alunos e uma comunidade cada vez mais ativa”, comemora Salomão, que, ao lado de André Fogaça, investidor e cofundador do GuiaInvest, encabeça o projeto Passaporte do Super Ciclo da Bolsa.

Salomão e Fogaça identificaram sete cenários que apontam para um novo boom na Bolsa de Valores. É o chamado Super Ciclo de Valorização, que trará ótimas oportunidades para quem souber aproveitá-las — sendo mais específico, as chances existem para o investidor com capacidade para analisar o que é uma boa ação e quais são as boas empresas. Até porque, com a queda recente, não faltam pechinchas na Bolsa. Há ações de empresas sólidas e promissoras sendo oferecidas por valores abaixo dos de mercado.

Outro aluno de Thiago Salomão, Hudsonberg Nogueira, diz que o professor teve uma grande influência em sua tomada de decisão de acreditar que é possível começar com pouco. “O importante é começar e continuar, sempre em busca do aperfeiçoamento”, diz ele.

“Se eu pudesse dar um conselho seria este: vá e aprenda, estude e desenvolva o hábito de investir em ações. Ganhe dinheiro, conserve e multiplique. O mercado de ações é ótimo para isso, mas é preciso ter paciência e resiliência”, resume.