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SÃO PAULO – Por definição simples e direta do setor petrolífero, farm-out contempla o processo de venda parcial ou total dos direitos de concessão detidos por uma companhia.
Digamos que uma empresa, ou um grupo delas, detenha os direitos de exploração de uma área na qual se acredita existir petróleo. Em seguida, tem início os procedimentos de pesquisa e verificação de comercialidade da área.
Uma vez que os estudos comprovem a expectativa de potencial produtivo edo bloco, é comum ver empresas realizarem a venda de parte da área sob sua posse como forma de se capitalizar para novas empreitadas, e é exatamente essa operação que é chamada de farm-out.
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No caso da OGX Petróleo (OGXP3), a situação é muito peculiar. Desde sua fundação em 2007, a empresa se capitalizou de diversas formas, como emissão privada de ações e IPO (Initial Public Ofering), porém, tem evitado até o momento utilizar o farm out como instrumento de captação, o que é muito comum no setor.
Mercado pouco atrativo
Auro Rozenbaum, analista do Bradesco BBI, explica que essa postura não foi apenas uma opção da OGX. “Eles não tomaram a decisão de adiar o farm-out, simplesmente eles concluíram que não conseguiriam obter o preço desejado naquele momento”, afirma, referindo-se a expectativa fracassada que a empresa tinha de vender fatias de blocos a partir do início de 2011.
Porém, o próprio Rozenbaum faz questão de minimizar a importância de um farm-out para a OGX neste momento, uma vez que a empresa goza de posição confortável de caixa, pois acabou de emitir dívida, bem como está prestes a tornar-se operacional e gerar caixa.