Ex-CEO da Americanas (AMER3) apresenta atestado e evita CPI

Em janeiro, pouco tempo após a saída de Miguel Gutierrez da empresa, veio à tona o rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões da varejista.

Estadão Conteúdo

(Reprodução/ Apresentação de Resultados 4T21)
(Reprodução/ Apresentação de Resultados 4T21)

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Ex-CEO da Americanas ([ativo=AMER3)], Miguel Gutierrez, apresentou atestado médico para não depor nesta terça-feira, 1º, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a crise da varejista. Em janeiro, pouco tempo após a saída de Gutierrez da empresa, veio à tona o rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões da varejista.

O executivo havia pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, que fosse dispensado de comparecer à CPI, mas o pedido foi negado. A corte só havia permitido que ficasse em silêncio caso não quisesse responder às perguntas.

Hoje, porém, o advogado de Gutierrez protocolou um atestado médico informando que ele não está em condições de comparecer ao compromisso. Os motivos não foram divulgados.

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Uma nova convocação depende do presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).

Em março, Gutierrez depôs na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde, conforme interlocutores, apresentou sua perspectiva sobre a sistemática de operações e os desdobramentos dos negócios da varejista. Desde então, se manteve reservado.

Em meados de junho, a CPI ouviu o atual presidente da companhia, Leonardo Coelho Pereira, que afirmou que a fraude envolvia 30 pessoas e apresentou parte das informações de relatório interno de um comitê independente que apura o desfalque internamente.

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Dentre as informações trazidas à tona por Coelho está o dado de que a fraude ajudou a incrementar os resultados da companhia ao longo do tempo em R$ 25,3 bilhões até o dia 30 de setembro de 2022. Segundo a varejista, tal resultado decorreu de diversos contratos de verbas de publicidade artificialmente criados para melhorar os resultados, que atingiram o saldo de R$ 21,7 bilhões, enquanto a ausência de lançamento de juros sobre operações financeiras totalizaram o saldo de R$ 3,6 bilhões.

Gutierrez e mais seis ex-diretores teriam liderado a fraude, segundo as informações divulgadas pela Americanas.

Também estava marcado para hoje o depoimento de Fábio da Silva Abrate, ex-diretor Financeiro e de Relações com Investidores.