Fed decide não reduzir programa de estímulos agora e mantém em US$ 85 bi

Apesar de manutenção do crescimento do país, autoridade monetária diz que taxa de desemprego ainda é considerada alta

Rodrigo Tolotti

Sede do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA
Sede do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA

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SÃO PAULO – Encerrada a reunião do Fomc (Federal Open Market Committee) nesta quarta-feira (18), o Federal Reserve decidiu manter o atual programa de estímulos à economia, que injeta US$ 85 bilhões mensalmente. De acordo com comunicado, a economia segue crescendo em ritmo moderado, mas a taxa de desemprego ainda está elevada.

De acordo com a autoridade monetária, a economia dos EUA ainda não está forte o suficiente para se remover o Quantitative Easing 3. “Alguns indicadores das condições do mercado de trabalho mostraram melhora nos últimos meses, mas a taxa de desemprego permanece elevada. Os gastos das famílias e o investimento das empresas avançou, enquanto o setor imobiliário tem apresentado forças. Porém, as taxas de hipotecas subiram mais e a política fiscal está restringindo o crescimento econômico”, afirma o documento.

Com isso, o Comitê considerou que os riscos para a economia e para o mercado de trabalho diminuíram no último ano, mas o aperto das condições financeiras nos últimos meses, se mantidas, podem diminuir o ritmo da melhora da economia e do mercado de trabalho. O Fed ainda acredita que a economia irá acelerar num futuro próximo.

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No comunicado divulgado, o Fed também reduziu sua projeção para crescimento da economia norte-americana. Em 2013, a expectativa passou de um intervalo de 2,3% e 2,6% para 2,1% e 2,3%. Enquanto isso, para o próximo ano, a projeção passou de 3% a 3,5% para 2,9% a 3,1%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.