Fibra sintética tira mercado do algodão

Em 50 anos, a participação do algodão no mercado mundial de fibras caiu de 70% para cerca de 30% atualmente

Datagro

Na safra 2022/23, a área plantada de algodão da SLC superou 162 mil hectares
Na safra 2022/23, a área plantada de algodão da SLC superou 162 mil hectares

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SÃO PAULO – O Brasil é um gigante na produção de commodities agrícolas, e na cotonicultura não seria diferente. Considerando as últimas quatro safras – até a temporada anterior 2013/14 -, o País se posiciona, com uma safra de algodão em torno de 1,7 milhão de toneladas, entre os cinco maiores produtores mundiais da fibra natural, ao lado de China, Índia, Estados Unidos (EUA) e Paquistão.

Também levando em conta o mesmo período, de acordo com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), o Brasil se situa entre os quatro maiores exportadores mundiais do produto – no grupo que tem, ainda, Índia, EUA e Austrália -, com um volume médio de embarques próximo a 700 mil toneladas.

Entretanto, a cotonicultura vem enfrentando, por exemplo, forte concorrência das fibras sintéticas. Em 50 anos, a participação do algodão no mercado mundial de fibras caiu de 70% para cerca de 30% atualmente. Diante dos desafios para promover o aumento do consumo de algodão no mercado interno, com reflexos também nas exportações, a Abrapa começou a desenvolver uma campanha de marketing de longa duração, que tem como objetivo destacar a importância da fibra natural para indústria têxtil e o consumidor.

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Para entender melhor a razão pelo qual o algodão vinha perdendo visibilidade e notoriedade, a Abrapa, em parceria com uma multinacional do setor de insumos agrícolas, encomendou uma pesquisa qualitativa com os consumidores brasileiros. O levantamento constatou que a fibra tem grande aceitação no setor de cama, mesa e banho e entre os homens com mais de 40 anos. Entretanto pouca relevância entre mulheres e jovens.

“Com esta iniciativa, queremos mostrar a qualidade do nosso algodão, o conforto”, afirma o presidente da Abrapa, João Carlos Jacobsen, que acrescenta: “com o esforço, também esperamos que a indústria têxtil volte a cobiçar o algodão e use menos produtos sintéticos”.

Entre os slogans da campanha, destacam-se “E se as pessoas usassem mais algodão?”, “E se o algodão estivesse mais presente na moda?”, e “E se o algodão fosse uma tendência?”, entre outros.

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