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SÃO PAULO – Em teleconferência realizada nesta quinta-feira (26) para apresentação dos resultados referentes ao segundo trimestre de 2012, a Fibria (FIBR3) destacou sua intenção de ter maior exposição ao câmbio, com a diminuição das operações de hedge de fluxo de caixa da companhia.
Segundo Guilherme Cavalcanti, diretor-financeiro da Fibria, a empresa pretende tirar proveito da desvalorização do câmbio no cenário macroeconômico atual, após o governo brasileiro acenar para patamares mais atrativos para exportação. Ele aponta que a trajetória de queda da taxa de juros e a balança comercial do Brasil reforçam as perspectivas de que a moeda local mantenha-se em níveis mais elevados na comparação com o dólar.
O diretor-financeiro disse ainda que a posição da companhia nesse quesito, que era de 49% da exposição protegida no início do ano e recuou para 39% no segundo trimestre, deve cair para cerca de 20% ao final de 2012.
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Recuo no nível de alavancagem
A diminuição nos níveis de alavancagem da companhia é reflexo dessa política de adotada de maior exposição à divisa norte-americana através da redução das operações de hedge do fluxo de caixa, de acordo com a própria empresa.
O nível de alavancagem da Fibria, segundo a relação Dívida Líquida/Ebitda teve um recuo de 5,2 vezes para 4,7 vezes na passagem trimestral em moeda local, enquanto em dólares a queda foi de 4,8 vezes para 4,2 vezes.
Vale mencionar que em junho deste ano, a companhia renegociou as cláusulas contratuais com as instituições financeiras credoras, alterando o limite máximo de alavancagem para 4,5 vezes – em dólares – à partir de 30 de junho até o vencimento, além de alterar o método de cálculo, levando em consideração a moeda norte-americana. A Fibria procura, desta forma, diminuir a volatilidade deste indicador.