Futuros dos EUA operam em baixa de olho em títulos europeus

SÃO PAULO – Os principais contratos futuros sobre índices de ações dos EUA operam em queda nesta quarta-feira (16), com S&P 500 e Nasdaq sinalizando abertura com -0,44% e -0,35%, respectivamente.

O mercado norte-americano mais uma vez repercute a incerteza e o nervosismo na Europa, que vê nesta sessão seu maior reflexo nos títulos públicos dos países da região, especialmente França, Espanha e Itália.

Para ilustrar, a França colocou no mercado € 6,97 bilhões em títulos públicos em quatro linhas de papéis, sendo que em três delas, com vencimentos marcados para 2013 até 2016, o prêmio demandado pelos investidores superou o da última emissão.

Já a Espanha captou € 3,56 bilhões em títulos de dez anos, cujo prêmio de 6,97% demandado pelos investidores foi o maior registrado na história do país. A emissão também chama a atenção por se aproximar da marca dos 7,00%, conhecida pelo fato de que quando a Irlanda e a Grécia a ultrapassaram necessitaram de ajuda financeira internacional, evidenciando o aprofundamento da aversão ao risco no mercado.

Indicadores do dia
Além de toda a agenda europeia, o pregão nos EUA também é diretamente influenciado pelo indicador recém divulgado Initial Claims, que apontou número de pedidos de auxílio de desemprego abaixo do esperado, o que é encarado positivamente. Na passagem semanal, foram requeridos 388 mil benefícios contra uma projeção de 398 mil de analistas.

Cabe citar também a divulgação do Building Permits, que aponta o número de imóveis com a construção autorizada no país. Em outubro, foram concedidos 653 mil alvarás contra expectativa de 603 mil e os 589 mil de setembro.

Em seguida, às 13h00, mais um indicador completa a agenda, Philadelphia Fed, que apresenta o resultado da pesquisa sobre o nível de atividade industrial na região que dá nome ao indicador.

Fim da safra de resultados
No campo corporativo, destaque para Gap e Marvell, que veem suas ações com forte desvalorização no pré-market, -3,33% e -2,65%, respectivamente, após resultados trimestrais aquém do esperado.