Gasolina está R$ 0,11 mais cara no Brasil do que no exterior; diesel, R$ 0,44 mais barato

"Os preços médios da gasolina operam com diferenciais positivos em todos os polos analisados", frisou a Abicom

Estadão Conteúdo

(Foto: Getty Images)
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O preço da gasolina no Brasil permanece mais elevado do que o praticado no mercado internacional, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O litro do combustível está, em média, R$ 0,11 mais caro no mercado doméstico, nível 4% superior ao praticado no exterior, conforme relatório publicado nesta sexta-feira, 13.

“Os preços médios da gasolina operam com diferenciais positivos em todos os polos analisados”, frisou a Abicom.

Por outro lado, o preço do diesel está, em média, 10% mais barato internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros. O resultado significa uma defasagem de R$ 0,44 por litro do diesel.

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Segundo a Abicom, a defasagem no diesel é maior nos polos operados pela Petrobras, R$ 0,51 abaixo do patamar de paridade com o preço internacional – ou seja, uma diferença de 12%.

Já a Refinaria de Mataripe, na Bahia, operada pela Acelen, vendia o diesel 2% mais barato que o preço do Golfo. A gasolina era comercializada com preço 5% superior ao patamar internacional.

O preço de paridade de importação (PPI) foi calculado pela Abicom usando como referência os valores do fechamento do mercado nesta quinta-feira, 12.

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“Apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência da gasolina apresentaram ligeira redução, enquanto os do óleo tiveram ligeira valorização no mercado internacional no fechamento de ontem. O cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e acima para gasolina”, concluiu a Abicom.

A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, opera “em patamar elevado”, “pressionando os preços domésticos dos produtos importados”. Ao mesmo tempo, a oferta de petróleo “apertada” segue pressionando os preços futuros, lembrou a entidade.