Gleisi aceita colocar prazo de validade na CSLL; ações de bancos ganham força

Senadora cede mais uma vez e faz acordo para fim da CSLL a 20% até 1° de janeiro de 2019

Paula Barra

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SÃO PAULO – A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse nesta quarta-feira (26) que irá incluir em seu parecer sobre a medida provisória 675, que trata da elevação da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido), prazo até 1º de janeiro de 2019 para a vigência da alíquota de 20 por cento da CSLL para instituições financeiras. A partir de 1º de janeiro de 2019, a alíquota voltaria para 15%, disse a senadora.

Com a notícia, as ações dos bancos ganharam força e operavam neste momento próximos a máxima do dia. Às 15h19 (horário de Brasília), as ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 26,57, +2,94%), Bradesco (BBDC3, R$ 25,45, +3,12%; BBDC4, R$ 23,40, +1,96%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 18,25, +3,11%) e Santander (SANB11, R$ 14,49, +3,35%) operavam entre as maiores altas do Ibovespa. 

A proposta original do governo não determinava um prazo para o aumento da alíquota. A inclusão do prazo, segundo ela, busca garantir apoio para que a MP seja aprovada na votação desta quarta-feira da comissão mista que analisa o tema. “Essa não é a minha vontade…, mas não posso deixar a medida cair”, disse Gleisi, lembrando que a MP perde a validade em 18 de setembro.

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Após passar pela comissão, o texto precisa ser aprovado nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. A senadora disse que há tempo para conseguir a aprovação antes do prazo final, se a MP passar nesta quarta-feira pela comissão. Além disso, Gleisi disse que incorporará a seu parecer uma emenda sugerida pelo Ministério de Minas e Energia para que a dívida da goiana Celg com Itaipu Binacional, que é atrelada ao dólar, seja fixada na cotação da moeda norte-americana de janeiro de 2015, para evitar a volatilidade dos últimos meses.

(Com Reuters)