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A Gol (GOLL4) anunciou na quarta-feira, 12, que estima prejuízo por ação de aproximadamente R$ 1,81 no terceiro trimestre de 2022. Já para cada “ação depositária americana”, a perspectiva é de US$ 0,71 de prejuízo.
A margem Ebitda, que mede a eficiência operacional da companhia, está estimada em aproximadamente 15%. Um ano antes, o indicador era de 24,3%, segundo a apresentação de resultados da companhia (que especificava que estavam consideradas as despesas estritamente relacionadas aos níveis da operação naquele momento).
O comunicado indica que o custo unitário, excluindo combustível, deverá reduzir aproximadamente 25%, comparativamente ao terceiro trimestre do ano anterior, principalmente devido ao aumento de oferta e incremento de produtividade, diz a companhia. Já os custos unitários com combustíveis deverão apresentar aumento de 87% em relação a um ano atrás, em razão do aumento do preço médio do querosene de aviação.
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A alta do querosene foi de aproximadamente 89%, o que foi parcialmente compensada por uma redução de cerca de 4% no consumo de combustível por hora operada. Isso porque houve maior parcela da frota composta pelas aeronaves 737-MAX.
A alavancagem financeira da companhia, representada pelo indicador “Dívida Líquida/Ebitda”, foi de aproximadamente 10 vezes, no terceiro trimestre. A liquidez total no final do trimestre está estimada em R$ 3,6 bilhões.
A receita unitária de passageiros esperada para o terceiro trimestre, segundo o comunicado da Gol, é maior em aproximadamente 45%, comparada ao mesmo período do ano anterior, “impulsionada pelo crescimento contínuo na demanda doméstica de viagens de lazer combinado com a retomada gradual de viagens internacionais”.
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Já a receita da Smiles foi maior em 53% em comparação ao mesmo período de 2019 com um crescimento na base de clientes de 31% em relação a dois anos atrás. A receita unitária total, por sua vez, deverá apresentar crescimento de 45% no mesmo período.
A companhia avisou, no comunicado, que os dados divulgados são preliminares e que não foram auditados.
O Bradesco BBI aponta que, embora os resultados preliminares da Gol tenham ficado abaixo do consenso, eles confirmam o compromisso da empresa de manter a disciplina de capacidade, aumentando os preços das passagens aéreas e protegendo as margens. No 3T22, a GOL registrou receita total de R$ 3,973 bilhões (+107% na base anual), ligeiramente abaixo do consenso (-3%).
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Apesar do forte desempenho da receita, o Ebitda ajustado ficou 11% abaixo do consenso o que, na opinião dos analistas, pode se atribuir a preços de combustível de aviação acima do esperado. “Isso não é uma preocupação, uma vez que a empresa continua renovando sua frota de aeronaves para reduzir o consumo de combustível e diluir os custos por unidade de capacidade ex-combustível”, apontam os analistas do banco.
O banco atualizou o modelo de valuation da Gol para incorporar: 1) os resultados preliminares do 3T22, 2) novas premissas macroeconômicas e 3) preços de petróleo mais baixos no 4T22 e 2023, levando a um preço-alvo de R$ 13 para 2023 (potencial de alta de 28% ante o fechamento da véspera) versus preço-alvo anterior de R$ 12 para 2022.
Embora as receitas de 2022 tenham ficado praticamente em linha com seu modelo anterior, revisou a sua estimativa de Ebitda para 2022 em mais 22%. Para 2023, elevou a projeção para a margem Ebitda da Gol de 20,5% para 21,3% devido a projeções de preços mais baixos do combustível de aviação, mas assumindo que parte dessa redução será compartilhada com os passageiros, resultando em preços de passagens aéreas mais baixos.
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(com Estadão Conteúdo)