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2022 se encerrou com mais de US$ 3,7 bilhões em criptos perdidas em vários ataques, hacks e golpes, fazendo do ano o pior da história do mercado até agora sob essa métrica, segundo levantamento da empresa de segurança CertiK
Com US$ 62 milhões em tokens roubados, desviados por golpes ou obtidos em hacks, dezembro se tornou o mês mais brando de 2022 em termos de dinheiro perdido em atividades fraudulentas. Em novembro, o volume perdido alcançou US$ 595 milhões.
Os vetores de ataque no setor cripto variam desde a exploração de pontes (conexões entre blockchains) até a manipulação de mercado, em que traders exploram brechas nos softwares de protocolos de negociação, multiplicando seu capital em questão de segundos.
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O ano passado começou já com um hack de US$ 325 milhões no serviço Wormhole, seguido de um ataque de US$ 625 milhões na ponte Ronin, do jogo Axie Infinity (AXS). Na sequência, a ponte Nomad sofreu uma exploração de US$ 200 milhões.
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O ataque de US$ 15 milhões da Helio Protocol e o suposto golpe de “puxada de tapete” US$ 12 milhões da Defrost Finance foram os principais ataques em dezembro. Uma puxada de tapete, no mundo cripto, se refere a um golpe aplicado pelo próprio desenvolvedor do projeto, como um novo token ou NFT, que capta dinheiro de investidores e desaparece com os valores.
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Os ataques de empréstimos relâmpago, um tipo de operação em contratos inteligentes, foram responsáveis por mais de US$ 7,6 milhões – um único ataque ao projeto cripto Lodestar respondeu por US$ 6,5 milhões. Quatro outros projetos passaram por ataques semelhantes com valores variando de US$ 50.000 a US$ 300.000.
Os empréstimos relâmpago permitem tomar emprestado grandes quantias de dinheiro com reembolso na mesma transação, e costumam ser explorados para atacar vulnerabilidades em contratos inteligentes não auditados de sistemas de finanças descentralizadas (DeFi).