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SÃO PAULO – O Bank of America Merrill Lynch mostrou que todas as categorias de hedge funds presentes em seu universo de análise acumularam rentabilidade negativa na semana encerrada na última quarta-feira (7). Além disso, o relatório do banco também sinalizou que os gestores desses fundos têm diminuído cada vez mais suas posições compradas nos mais diversos tipos de estratégia de investimento. Por outro lado, as posições vendidas em euro mostraram forte redução no período.
Dentre as perdas registradas entre os dias 30 de junho e 7 de julho, os destaques ficaram com os hedge funds das categorias “CTA” (Commodity Trading Advisors, que operam no mercado futuro de commodities) e “Equity Market Neutral” (que exploram posições long & short em ações de um mesmo setor, mercado ou país), que recuaram 0,76% e 0,55%, respectivamente, revela Mary Ann Bartels, analista responsável pelo levantamento.
Os hedge funds “macro”, por sua vez, tiveram uma rentabilidade negativa de 0,44% na semana. “Eles foram pressionados pelo curto aperto do euro e pelo enfraquecimento do dólar na última semana”, explica Mary Ann, ressaltando ainda que os gestores desses fundos reduziram mais uma vez suas posições compradas nos mercados emergentes. Por outro lado, eles também reduziram suas posições vendidas em diversas categorias, como contratos futuros de índices norte-americanos, Treasuries com vencimento em 10 anos e commodities metálicas.
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Já os hedge funds da categoria “Equity Long/Short” (focados em posições de long & short no mercado de ações) mantiveram sua exposição líquida comprada em 27%, mesmo patamar visto no final do semestre passado, porém bem abaixo de sua média histórica – entre 35% e 40% de exposição. A analista relembra que os fundos dessa categoria acumularam a segunda pior performance de junho, com perdas de 1,09%.
Posições
Na passagem semanal, os gestores desses fundos realizaram diversas alterações em seus portfólios. A principal delas foi a forte diminuição das posições vendidas no euro futuro, que declinaram de US$ 9 bilhões para US$ 4,9 bilhões em ativos em carteira. Segundo Mary Ann, embora a moeda europeia ainda mostre-se pressionada pela deterioração fiscal dos países da Zona do Euro, os baixos patamares atuais mostram-se favoráveis a ela no médio prazo.
No mercado de matérias-primas, os hedge funds reduziram suas posições compradas em ouro, prata e platina. As exposições em óleo bruto e combustível também mostraram diminuição na passagem semanal, com o primeiro mostrando queda de US$ 2,8 bilhões para US$ 1,9 bilhão e o segundo indo de US$ 2 bilhões para US$ 700 milhões em ativos sob gestão pelos hedge funds, revela o banco.
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Na mesma base comparativa, as posições compradas em dólar caíram de US$ 1,7 bilhão para US$ 1,4 bilhão. Na contramão, as posições compradas em iene subiram de US$ 3,9 bilhões para US$ 5,4 bilhões.