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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quarta-feira é bastante movimentado, com destaque para as revisões de recomendações e para a decisão sobre a Bm&FBovespa no Carf. Confira os destaques desta quarta-feira (19):
Ações brasileiras
As ações do Brasil foram elevadas de neutra para overweight pelo HSBC. O banco destaca que os papéis se beneficiam de assuntos em voga nos mercados emergentes e do ambiente político doméstico que continua se movendo em direção a um quadro de apoio à estabilização da economia, segundo nota dos estrategistas do HSBC. O Brasil permanece como uma das melhores histórias de recuperação nos mercados emergentes, sustentado por fundamentos macro globais e domésticos.
BM&FBovespa (BVMF3)
Em sessão que tem início previsto para às 9h (horário de Brasília), o Carf julga caso contra a BM&FBovespa sobre ágio na operação de fusão da Bovespa com a BM&F em 2008. O montante em discussão no processo administrativo é de R$ 1,1 bilhão, de acordo com o balanço do segundo trimestre da bolsa.
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O órgão havia aplicado a multa bilionária em decisões preliminares contra a empresa, por entender que ela usou critério fiscal equivocado na fusão que deu origem à companhia, em 2008, para pagar menos impostos.
Gafisa (GFSA3)
A construtora e incorporadora Gafisa informou nesta terça-feira que seus lançamentos e vendas do terceiro trimestre cresceram na comparação anual, mas os distratos também avançaram fortemente. Os lançamentos da empresa entre julho e setembro somaram 736,4 milhões de reais, alta de 21,3 por cento ante mesma etapa de 2015 e de 35,1 por cento contra o trimestre anterior. O destaque foi o segmento Gafisa, que produz imóveis para famílias de rendas média e alta, que compensou com sobras o fraco desempenho da Tenda, para clientes de menor renda.
Já as vendas contratadas líquidas foram de 497 milhões de reais, alta de 1 por cento ano a ano e aumento de 9,4 por cento ante o segundo trimestre deste ano, também refletindo o melhor desempenho da divisão Gafisa. Segundo a companhia, no trimestre as vendas de lançamentos do ano representaram 63,2 por cento do total, enquanto vendas de produtos remanescentes foram responderam por 36,8 por cento.
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Segundo a Gafisa, seu estoque de imóveis a valor de mercado cresceu 6,7 por cento na comparação com o trimestre anterior. A Gafisa informou ainda que o volume de distratos da Tenda, quando os clientes desistem da compra de imóveis, foi de 25 por cento das vendas. Na mesma etapa de 2015, esse índice tinha sido de 14,6 por cento.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras teve aval do Cade à venda da NTS a Grupo Brookfield. A venda de 90% do capital da Nova Transportadora do Sudeste pela Petrobras para Nova Infraestrutura FIP, fundo constituído e gerido pela Brookfield Brasil Asset Management foi aprovada sem restrições pelo Cade. O negócio envolve transferência de toda a malha existente de gasodutos de transporte detida pela Petrobras na região sudeste, com exceção dos ativos do Espírito Santo.
“Segundo as partes, a operação em questão representa a entrada do Nova Infraestrutura FIP e do Grupo Brookfield em um novo ramo de negócios, condizente com seu plano de intensificar investimentos em infraestrutura. Para a Petrobras, a Operação está em acordo com seu plano de desinvestimento para o biênio 2016-2017”, segundo parecer do Cade, que está publicado no Diário Oficial.
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Multiplan (MULT3)
O Cade decidiu pelo não conhecimento da operação na qual a Multiplan comprou fatias da Sistel no BarraShopping e MorumbiShopping e recomenda arquivamento do processo sem análise de mérito, com manutenção da taxa processual recolhida. O Sistel é fundo de pensão multipatrocinado de ex-empregados de empresas do antigo Sistema Telebrás. A Telefônica Brasil, Oi, Telemar Norte Leste, Tim Participações, Telebrás estão entre as patrocinadoras do fundo.
Telebrás (TELB3)
Falando em Telebrás, a operadora de infraestrutura de internet do governo federal está tentando ficar de fora dos atuais planos de privatização do governo do presidente Michel Temer, informa a Agência Estado. Na terça-feira, o diretor técnico operacional da empresa, Jarbas Valente, mostrou os novos planos da companhia de economia mista durante a Futurecom, principal evento do setor de TI e telecomunicações na América Latina. A empresa está tentando sair do vermelho e se mostra alinhada com as novas tecnologias de conexão de banda larga.
“Nunca ouvi uma palavra do governo sobre privatização”, disse Valente ao jornal O Estado de S. Paulo durante a Futurecom, principal congresso de TI e telecomunicações da América Latina, em São Paulo. Apesar das negativas, rumores sobre a privatização da companhia circulam no mercado desde maio, quando Temer publicou um documento com propostas do PMDB para o governo federal. Entre as diretrizes, a que mais chamou a atenção à época foi a de “privatizar tudo o que for possível”. Confira mais clicando aqui.
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Usiminas (USIM5)
A Usiminas teve recomendação elevada de underperform para market perform pelo Itaú BBA “Estamos atualizando nossos modelos para CSN e Usiminas para incorporar um cenário mais construtivo para a demanda de aço no Brasil (crescimento de 10% em 2017)”, segundo relatório.
“Reconhecemos que CSN e Usiminas têm uma forte alavancagem financeira e operacional para uma recuperação da economia brasileira, mas note que o forte desempenho acumulado no ano (ações têm ganho médio de 150% desde 1 de Janeiro) limita de alguma forma um potencial significativo de valorização. Também vemos espaço limitado para que qualquer das duas empresas distribuírem dividendos nos próximos anos, até a desalavancagem de seus balanços”, afirmam os analistas do banco.
O Itaú BBA introduziu preço-alvo no fim de 2017 para a Usiminas de R$ 4 por ação (R$ 1,50 no fim de 2016), para a CSN de R$ 7 por ação (R$ 4 no fim de 2016). A Gerdau permanece como top pick no setor, sendo mantida com recomendação outperform (preço-alvo para o fim de 2017 de R$ 11 por ação).
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Energisa (ENGI11)
O Bradesco BBI iniciou cobertura para as units da Energisa com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 26,00 para 2017, apontando que a empresa se posiciona para ser uma das distribuidoras dominantes uma vez que a indústria se consolida.
Light (LIGT3)
O Itaú BBA vê a Aneel aprovando a revisão tarifária da Light no início de 2017. Se o processo de revisão tarifária da Light for antecipado para janeiro de 2017, o preço por ação pode ser acrescido em até R$ 2,10, segundo relatório de analistas. “Embora estejamos confiantes de que a Aneel poderá aprovar o pedido da Light no início do próximo ano, não atribuimos nenhum valor para isso em nossas estimativas”. O banco introduziu preço-alvo no fim de 2017 de R$ 22 (R$ 18 no fim de 2016), mantendo a recomendação outperform.
“Desde o início do ano, a Light tem negociado com a Aneel para obter uma antecipação da revisão extraordinária, o que representa uma antecipação dos efeitos positivos esperados da revisão prevista para novembro de 2018. De acordo com nossos cálculos, cada mês de antecipação na revisão tarifária da Light acrescenta R$ 0,10 por ação ao nosso preço-alvo. Também prevemos um impacto positivo sobre a alavancagem da Light, dado que sua dívida líquida/Ebitda ao final de 2018 poderia ir de 3,7 vezes para 3,2 vezes”, afirma o Itaú BBA.
Vale (VALE3; VALE5)
A Samarco, joint venture controlada por Vale e BHP, poderia obter licenças e reiniciar sua operação em meados de 2017, confirmou a assessoria de imprensa da Vale nesta noite. Clovis Torres, diretor-executivo da Vale, havia sido citado em matéria do Valor mais cedo sobre o assunto.
A mineradora e seus proprietários estão trabalhando para retomar a produção tão rapidamente quanto possível, utilizando cavas exauridas para armazenar rejeitos. O plano de retomada com revisão da licença daria para Samarco de 3 anos de expectativa de vida, disse Torres. No mês passado, Peter Poppinga, diretor de ferrosos da Vale, disse que reinício seria mais provável até o final de 2017. A mineradora está com operações suspensas desde novembro, quando um rompimento de barragens de minérios matou mais de 19 pessoas.
Kroton (KROT3)
O presidente-executivo da empresa de educação Kroton disse nesta terça-feira esperar que a parcela de empréstimos estudantis Fies se estabilize em cerca de 9% a 12% dos estudantes da empresa. Rodrigo Galindo disse que o Fies deu financiamento para 63% dos estudantes no segundo semestre de 2014, mas que caiu para 9% dos estudantes que ingressam nos cursos no segundo semestre de 2016.
Sanepar (SAPR4)
O conselho de administração da Sanepar aprovou a oferta primária e secundária de ações preferenciais da companhia. A operação será coordenada pelo Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA e Votorantim, disse a companhia em comunicado enviado ao mercado. A empresa fará esforços para colocação das ações nos Estados Unidos para investidores qualificados. O preço por ação da oferta será fixado após a coleta de intenção dos investidores.
Taesa (TAEE11)
O preço por ação em oferta secundária da Taesa foi fixado em R$ 19,65. Com a definição do preço, montante total da oferta é de R$ 1,29 bilhão, segundo comunicado.
A efetiva liquidação da oferta está programada para 24 de outubro. Os coordenadores da oferta são: Bank of America Merrill Lynch, BB-Banco de Investimento, Credit Suisse, Banco Modal e Banco Santander.
A demanda foi cerca de três vezes o volume ofertado. Cemig e o fundo de investimento Coliseu colocaram à venda cerca de 65,7 milhões de units, sendo que 62% disso pertencem à primeira empresa. A partir da venda dos papéis, a Cemig fica com 31,5% da Taesa, e o FIP Coliseu possui fatia de 14,9%.
JBS (JBSS3)
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da JBS Wesley Batista descartou novas aquisições até o fim de 2017, devendo gerar caixa e integrar os negócios comprados no passado recente. “Fizemos muitas aquisições nos últimos anos. Então, nosso foco vai ser 100% geração de caixa durante o ano que vem todo. Depois, espero que tenhamos condições de vislumbrar novas oportunidades para 2018”, disse ele.
Batista ainda fez um diagnóstico sobre a economia brasileira. Ele afirmou que a economia apontou para o fundo do poço no segundo trimestre, a economia brasileira começou a dar sinais – tímidos e lentos – de que uma retomada ganhará força a partir dos próximos meses e, principalmente, em 2017.
(Com Agência Estado, Reuters e Bloomberg)