Hypermarcas sobe 4% após resultado; OGX, MMX e LLX despencam; HRT dispara 7%

Ainda entre os destaques, Mundial despenca após grupamento de ações; CSN cai após oferta por ativos da Thyssen

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após abrir em forte volatilidade, o Ibovespa consolida movimento de negativo e opera em queda de 1,19%, a 54.828 pontos na cotação das 12h57 (horário de Brasília) desta segunda-feira (6). Nas últimas duas semanas, o índice fechou no positivo.

Chama atenção neste pregão as ações da Hypermarcas (HYPE3), que lideram os ganhos do Ibovespa após a companhia divulgar seu resultado do primeiro trimestre. Os papéis sobem 3,77%, a R$ 16,50, depois de atingirem valorização de 4,78%, a R$ 16,66.

A companhia registrou um lucro líquido de R$ 102,3 milhões, um significativo avanço de 150,7% na comparação com o mesmo período de 2012. Além disso, houve redução de R$ 100,6 milhões da dívida líquida, em função do aumento na geração de caixa no trimestre.

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Com isso, os números se apresentam como bastante positivos, avalia a Planner Corretora, destacando ainda o resultado apresentado para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado, com crescimento de 18% para R$ 227,1 milhões. Este número se mostra factível ao guidance apresentado ao redor de R$ 950,0 milhões para este ano, o que representaria um avanço de 9,8% na comparação com o resultado de 2012, afirma a corretora.

Grupo “X” desaba
Por outro lado, as ações do Grupo EBX, de Eike Batista, desabam na bolsa nesta sessão. As ações da MMX Mineração (MMXM3) caem 6,28%, a R$ 1,94, seguidas pelas da OGX Petróleo (OGXP3), com desvalorização de 4,37%, a R$ 1,75, e LLX Logística (LLXL3), com queda de 2,07%, a R$ 1,89. 

Fora do Ibovespa, os papéis da OSX Brasil (OSXB3) recuam 3,62%, a R$ 2,66, acompanhados pelos da CCX Carvão (CCXC3), com perdas de 1,02%, a R$ 3,90. Descolada do grupo “X”, aparecem as ações da MPX Energia (MPXE3), com ganhos de 2,04%, a R$ 9,02, recuperando o movimento negativo da parte da manhã, quando atingiram queda de 2,49%, a R$ 8,62.

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Durante o fim de semana, o colunista da Veja, Lauro Jardim, publicou que o BTG Pactual estaria propondo a venda do superporto do Açu, da LLX, ou, se o negócio não interessasse aos possíveis compradores, que o investidor instalasse uma empresa no complexo. A ideia, primeiramente, seria levar o estaleiro cingapurense Fels, hoje em Angra dos Reis, para lá. 

A informação, entretanto, foi desmentida pela empresa. Em nota, a LLX esclarece que é “incorreta” a notícia veiculada na coluna Radar. “As obras do superporto do Açu seguem em ritmo intenso, de acordo com o cronograma e com início de operação previsto para este ano”, comentou a empresa.

CSN volta a cair após oferta por ativos da Thyssen
As ações da CSN (CSNA3) recuam 0,64%, mas alcançaram na mínima do dia perdas de 1,29%, a R$ 7,67. 

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O desempenho reflete a matéria de O Estado de S. Paulo na qual apontava que a empresa ofereceu cerca de US$ 2,5 bilhões ao grupo alemão ThyssenKrupp para ficar com uma laminadora de aço nos Estados Unidos e com um pedaço da CSA, no Rio de Janeiro. 

Segundo a equipe de análise da XP Investimentos, a notícia é negativa para a CSN essencialmente por dois motivos: risco de elevação de alavancagem e por entender que as sinergias operacionais não são tão claras em tal aquisição. “Uma aquisição de tal porte poderia elevar sensivelmente a alavancagem da empresa, o que nos parece um risco elevado”, comenta.

HRT dispara após compra de Campo na bacia de Campos
As ações da HRT Petróleo (HRTP3) operam no positivo no pregão desta segunda-feira, após a companhia anunciar, juntamente com sua subsidiária HRT Oil & Gas, a aquisição de 60% que a britânica BP tem no Campo de Polvo, por um valor de US$ 135 milhões. 

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Os papéis da companhia disparam 7,16%, a R$ 4,04, e na máxima do dia, atingiram valorização de 10,49%, a R$ 4,19. 

Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta manhã, foi informado que a HRT e sua subsidiária assinaram um contrato de empréstimo com o banco Credit Suisse para financiar a maior parte do valor da aquisição. O Campo de Polvo está localizado na porção sul da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Mundial despenca após grupamento de ações
Repetindo o feito da JB Duarte (JBDU3; JBDU4) na semana passada as ações da Mundial (MNDL3) despencam após a empresa agrupar suas ações, na proporção de 120 para 1. Os papéis registram desvalorização de 16,57%, a R$ 9,01, após atingirem na mínima do dia queda de 21,30%, a R$ 8,50. 

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Os papéis começaram a ser negociados neste pregão a R$ 10,80, conforme proposta aprovada pelos acionistas em assembleia realizada em 22 de março. O papel fechou o pregão da última sexta-feira a R$ 0,09. A partir desta sessão, qualquer fração de ação que existir resultante do grupamento será separada, agrupada em números inteiros e vendidas em leilão, sendo que os valores líquidos depois serão colocados à disposição dos acionistas. 

Em comunicado, empresa disse que medida visa prover liquidez mais “saudável” às ações, além de buscar reduzir custos operacionais da empresa e se adequar à orientação da BM&FBovespa, que quer evitar ações negociadas abaixo de R$ 1,00 na Bovespa.

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