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O Ibovespa terminou a quarta-feira (12) em alta, emplacando uma segunda sessão consecutiva de ganhos. A Bolsa repercutiu dados de inflação nos Estados Unidos, que vieram praticamente em linha com o esperado, e encontrou espaço para subir com dólar e juros em queda. O índice fechou em alta de 1,84%, aos 105.685 pontos, próximo às máximas do dia. O volume negociado na sessão foi acima da média: R$ 41,6 bilhões.
Analistas explicam que o indicador de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, semelhante ao nosso IPCA, deu novo impulso aos mercados. O índice subiu 7%, na comparação anual, registrando sua maior alta desde 1982.
Por outro lado, tanto a Bolsa brasileira quanto os índices em Nova York tiveram reação tímida ao Livro Bege, documento que traz informações sobre a situação da economia americana. O texto não trouxe muitas novidades em relação ao que o Banco Central americano (Federal Reserve) vem dizendo.
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O Livro Bege destacou as pressões de custos nas empresas, que tem sido levadas a aumentar salários para manter mão-de-obra, o que contribui com o aumento da inflação. O cenário descrito pelo documento, segundo analistas, já foi precificado pelo mercado, que dá como certo um aumento de juros nos EUA no próximo mês de março.
Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou que o Fed tem ferramentas amplas para ter um aumento de juros tranquilos.
Com o maior apetite por ativos de risco, o dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, recuando 0,81% cotado a R$ 5,534 na compra e a R$ 5,535 na venda. Na máxima de hoje, atingiu R$ 5,601 e na mínima R$ 5,548. O dólar futuro recua 0,38%, a R$ 5,576.
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Já os juros futuros tiveram forte baixa, tanto os contratos mais curtos quanto os mais longos: na sessão estendida, os contratos DI para janeiro de 2023 recuaram 16 pontos, para 11,86%; os juros para janeiro de 2025 caíram 32 pontos-base para 11,20%; e os contratos para janeiro de 2027 em baixa de 28 pontos-base, a 11,16%.
O contexto de dólar em queda e juros futuros também em baixa ajudou na recuperação de ações que vinham registrando baixas seguidas nos últimos dias. Destaque para ações de varejistas e shopping centers.
Maiores altas
Ativo | Variação % | Valor (R$) |
---|---|---|
MGLU3 | 7.49574 | 6.31 |
IGTI11 | 7.19603 | 17.28 |
MULT3 | 6.78066 | 18.11 |
LREN3 | 6.57782 | 24.79 |
CSNA3 | 6.23492 | 26.41 |
Maiores baixas
Ativo | Variação % | Valor (R$) |
---|---|---|
LWSA3 | -3.43782 | 9.55 |
SANB11 | -2.6098 | 30.6 |
BIDI11 | -2.5712 | 24.63 |
CIEL3 | -1.44231 | 2.05 |
EMBR3 | -1.32027 | 23.17 |
O desempenho do Ibovespa foi superior ao das Bolsas em Nova York, que fecharam em ligeira alta, longe das máximas do dia:
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- Dow Jones fechou em alta de 0,11% a 36.291 pontos
- S&P 500 avançou 0,28%, a 4.726 pontos
- Nasdaq fechou em alta de 0,23%, a 15.188 pontos
Os índices da Europa também acompanharam o bom humor nos mercados globais e fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo.
- Euro Stoxx 600: +1,49%
- DAX (Frankfurt): +0,43%
- FTSE 100 (Londres): +0,81%
- CAC 40 (Paris): +0,75%
- FTSE MIB (Milão): +0,62%
No segmento de commodities, os preços do petróleo voltaram a subir forte após alta de 4% na véspera. Na sessão estendida, o barril do WTI era negociado em alta de 1,81%, a US$ 82,70/barril; o petróleo tipo Brent subia 1,15%, a US$ 84,68.
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