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SÃO PAULO – O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,36 por cento em setembro, ante elevação de 0,46 por cento no mês anterior, puxado pelos preços de matérias-primas informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira.
O número ficou levemente abaixo do esperado pelo mercado. Levantamento da Reuters mostrou que, pela mediana de 21 projeções, o indicador ficaria em 1,45 por cento no mês passado, com as projeções variando de 1,20 a 1,60 por cento.
Em 12 meses, o índice acumulou alta de 4,47 por cento, ante 3,98 por cento nos 12 meses até agosto.
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Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 1,90 por cento, após alta de 0,58 por cento em agosto. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI.
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), registrou alta de 0,30 por cento, ante avanço de 0,20 por cento no mês anterior. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 0,43 por cento em setembro, após alta de 0,31 por cento em agosto. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.
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O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
A principal preocupação atualmente em relação à inflação é o impacto da recente valorização do dólar sobre os preços. Isso levou o Banco Central a adotar um programa de leilões cambiais diários para impedir maior turbulência nesse mercado.
Na ata da reunião em que elevou a Selic para 9 por cento, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mostrou estar atento à alta do dólar e afirmou que a política monetária deve ser usada para conter os efeitos desse movimento sobre os preços.
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Nesta quarta-feira, o Copom se reúne novamente e, segundo grande parte do mercado, deve manter o ritmo de alta da taxa básica de juros e elevá-la para 9,5 por cento ao ano.