Imobiliárias devem crescer menos, mas caixa tende a ser equilibrado em 2012, diz Banif

Banco estima que o setor entre em sua 6ª fase pós-IPO, em um momento econômico mundial favorável para as construtoras

Nara Faria

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SÃO PAULO – O setor imobiliário vive a sua sexta fase pós-IPO (Initial Public Offering), na avaliação da equipe de análise do Banif Securities. Neste período, a expectativa do banco é de que os lançamentos tenham um crescimento menor. Contudo, ao longo de 2012 um número maior de empresas deve conseguir equilibrar os seus fluxos.

“A maioria tende a terminar o ano com caixa positivo e com endividamento líquido menor”, explica o banco em relatório.

Fases do setor imobiliário
Segundo os analistas, na primeira fase pós-IPO vivida pelo setor, foi montado um banco de terrenos, sendo que boa parte dos recursos estavam captados. Na segunda, multiplicaram-se os lançamentos por até três vezes, dependendo da empresa. Já na terceira fase, houve uma queda nos lançamentos em consequência da crise financeira nos anos de 2008 e 2009.

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Na quarta-fase, em 2010, foram retomados os lançamentos e na quinta ocorreu a contração das margens iniciadas no quarto trimestre de 2010 e que continuou durante o primeiro semestre de 2011.

Características da sexta etapa
É esperado que as margens melhorem progressivamente nas empresas do setor, em função das empresas já terem uma estrutura organizacional montada para vender e entregar os projetos mais antigos. Já as margens mais baixas devem impactar muito pouco os resultados de 2012.

Além disso, na visão do banco, os lançamentos vão crescer bem menos e, em alguns casos, não haverá avanço. “Mais entregas, mais recursos entrando no caixa e maior geração de caixa, reduzindo endividamento e melhorando o resultado financeiro”, aponta o banco.

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Menor risco favorece setor
Os analistas estimam ainda que a volta dos investidores estrangeiros ao mercado acionário brasileiro, devido ao menor risco da crise europeia, o maior crescimento da economia norte-americana e a forte queda nos juros no Brasil, criem um momento favorável para as ações das construtoras brasileiras.

Estes fatores contribuem, segundo o banco, para que o Imob – índice que acompanha as ações do setor imobiliário – apresente valorização de 22,96% no ano, superior à alta de 17,5% do Ibovespa no mesmo período.