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No documento, o setor esclarece o atual cenário pelo qual a pecuária leiteira vem passando e os impactos das importações que criam um momento artificial de preços, afetando o produtor justamente no momento de plena entressafra.
O setor produtivo sugere no documento entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em quais ações o órgão poderá atuar para garantir ao consumidor brasileiro a qualidade, a segurança e a rastreabilidade dos lácteos que adquire. Além de proporcionar ao produtor de leite brasileiro melhores condições para enfrentar as severas adversidades de mercado provocadas pela importação do Uruguai.
De acordo com o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, foram propostas medidas de harmonização dos requisitos sanitários, onde países exportadores devem seguir o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) do Brasil; ações em relação ao período de validade do produto; maior controle nas aduanas e portos brasileiros para questão sanitária; fiscalização das empresas credenciadas a exportarem para o Brasil, entre outros.
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“Todas essas ações criam um ambiente de exigência. Isso coloca em pé de igualdade a indústria do Uruguai e do Brasil. O ministro foi sensível em relação às demandas e vai colocar a equipe do MAPA a par da questão. Semana que vem Blairo Maggi se encontrará com o ministro do Uruguai”, afirmou Bruno Lucchi.
O presidente da OCB, Márcio Freitas, disse ser preciso ordenar essa manipulação do mercado uruguaio, pois está desequilibrando o mercado brasileiro. “Nós propusemos medidas de verificação técnica e de qualidade do leite no documento; além de propor ao Uruguai que faça um acordo de convivência”.
Márcio Freitas acrescenta que é preciso fazer um bom acordo igual ao do Brasil e Argentina, que cria um fluxo mais ordenador da importação e não afeta a composição e formação dos preços do leite produzidos no Brasil. “Os preços pagos aos produtores vêm caindo e o preço pago pelo consumidor se mantém igual”, afirmou.