Impulsionada por portabilidades, XP Seguros lidera captação de previdência em 2021

Do ingresso líquido de R$ 5,2 bilhões registrado pela empresa nos quatro primeiros meses do ano, 90% vieram de migrações

Lucas Bombana

(Getty Images)
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SÃO PAULO – A busca crescente do brasileiro por melhores alternativas de investimento frente aos juros baixos, além do aumento da busca pelas ações, tem se refletido também na indústria de previdência privada do país.

Dados divulgados nesta terça-feira (1) pela FenaPrevi, entidade que representa o setor, mostram que, do total de R$ 8,1 bilhões captados de janeiro a abril de 2021 pela indústria, a maior parte foi reflexo de uma espécie de jogo de “rouba monte” em curso no mercado.

Isso porque, no acumulado do ano, a XP Seguros desponta à frente dos grandes bancos e lidera a captação líquida nos planos de previdência aberta, com um volume de R$ 5,2 bilhões. E dos ingressos líquidos registrados pela empresa no período, a maior parte é oriunda de portabilidades, que responderam por R$ 4,7 bilhões, ou cerca de 90,3% do total.

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Ainda de acordo com as informações da FenaPrevi, aparecem na sequência, com captação de R$ 3,9 bilhões e de R$ 2,8 bilhões em 2021, até abril, Caixa Vida e Previdência e Brasilprev, respectivamente, instituições que tradicionalmente lideraram o ranking ao longo dos últimos anos, destaca Roberto Teixeira, head da XP Seguros.

Na ponta contrária, Bradesco, com R$ 2,9 bilhões, e Itaú, com R$ 2 bilhões, tiveram os maiores resgates da indústria de previdência aberta de janeiro a abril, sendo R$ 1,6 bilhão e R$ 943 milhões via portabilidades.

Já considerando apenas o mês de abril, a XP Seguros também liderou a captação entre os pares, com R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,5 bilhão de portabilidades.

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O movimento repete o já observado ao longo de 2020, quando a captação da XP Seguros somou R$ 9,1 bilhões, atrás apenas de Brasilprev (R$ 14,6 bilhões) e da Caixa (R$ 13,6 bilhões), mas isolada com folga em primeiro lugar em portabilidade com R$ 7,8 bilhões; vieram em seguida no quesito Safra (R$ 1,2 bilhão) e Icatu (R$ 1 bilhão).

Diversificação dos portfólios

Teixeira lembra que, do total de aproximadamente R$ 1,1 trilhão em ativos sob custódia na indústria da previdência privada aberta, quase 82% ainda estão em produtos de renda fixa de caráter mais conservador, o que, segundo ele, denota o espaço que ainda há para o crescimento no setor, tanto via portabilidades como também por meio de captação de novos recursos.

Com os resultados recentes, a XP Seguros alcançou em maio a marca de R$ 20 bilhões em ativos de previdência sob custódia, distribuídos em cerca de 100 produtos para o público do varejo, sendo 51 exclusivos, 23 com alocação offshore e cerca de 60 parceiros.

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A liderança do segmento é da Brasilprev, com R$ 311 bilhões em ativos sob custódia em produtos de previdência. Em seguida vêm Bradesco Vida e Previdência, com R$ 240 bilhões, e Itaú Vida e Previdência, com R$ 213,5 bilhões.

Segundo Teixeira, pela proposta de oferecer uma grade de produtos de maior diversidade do que a média do mercado, na XP Seguros, do total de ativos sob custódia, quase 50% estão em fundos multimercados, com 17% em ações, e 27% na renda fixa.

O executivo aponta o lançamento de fundos que refletem o desempenho de mercados internacionais como Estados Unidos, China e Europa entre as prioridades para o segundo semestre, junto a um contínuo investimento em tecnologia.

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Com o aprimoramento da experiência do cliente facilitando o investimento nos produtos previdenciários após a integração com o Banco XP em novembro, diz o head da XP Seguros, o aporte de novos recursos hoje representa 30% da captação na empresa, ante 10% anteriormente, com os 70% restantes à cabo das portabilidades.

No médio prazo, a expectativa do executivo é alcançar um nível de equilíbrio com cada frente respondendo por cerca de 50% dos resultados. “Ainda vemos um grande espaço para os clientes alocarem os recursos em produtos de previdência mais competitivos e mais aderentes às suas necessidades de longo prazo”, afirma Teixeira.

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