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SÃO PAULO – O dólar comercial fechou em forte alta nesta segunda-feira, com investidores apreensivos em relação ao agravamento da crise política no cenário doméstico.
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, fornecia uma mesada a parlamentares em troca de apoio no Congresso. As denúncias de Jefferson aumentaram as incertezas sobre a governabilidade do PT e mesmo sobre a possível reeleição do atual presidente.
Dados econômicos em segundo plano
Neste contexto, a divulgação de indicadores econômicos, normalmente relevantes, foi ofuscada. O relatório Focus do Banco Central mostrou uma redução da mediana das projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) anual, pela terceira semana seguida, a qual passou de 6,35 para 6,32%.
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Além de redução da perspectiva de inflação, houve também sinalização de desaceleração da inflação corrente. Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas divulgou o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal), que mostrou inflação de 0,79%, a menor variação desde a última semana de março.
Segundo analistas, a alta da moeda norte-americana nesta segunda-feira só não foi maior pelo anúncio do bom desempenho da balança comercial brasileira, referente à primeira semana de junho. No período, a balança comercial registrou um superávit de US$ 668 milhões.
Dólar fecha em alta
O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,4430 na compra e R$ 2,4440
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na venda, alta de 0,70% em relação ao fechamento anterior. No mercado paralelo, a moeda norte-americana encerrou o dia negociada a R$
2,7500, representando um ágio de 12,57%
em relação ao dólar comercial.
Com esta alta, o
dólar acumula valorização de 1,71% em junho, frente
à baixa de 1,65% registrada no mês passado.
No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana
já chega a 7,88%.
Dólar futuro na BM&F
também fechou em alta
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Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em julho
encerrou o dia cotado a R$ 2.478,
forte alta de 0,98% em relação ao fechamento
de R$ 2.454
da última sexta-feira. O contrato com vencimento em agosto, por sua vez, fechou em forte alta de 1,00%,
atingindo R$ 2.509 frente
à R$ 2.484 do fechamento de
sexta-feira.
Curva de FRA de cupom cambial
O FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 3,40% para agosto de 2005, com queda de 0,08 ponto percentual em relação à cotação de ajuste da sessão anterior. Já o contrato referente a janeiro de 2006, encerrou a 3,62%, com queda de 0,02 ponto percentual em relação ao valor de ajuste da sessão anterior.
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