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SÃO PAULO – O índice de hedge funds do Bank of America Merrill Lynch fechou maio com perdas de 2,83%, mostra o banco em sua nota semanal sobre o desempenho dessa categoria. Juntamente com a performance, o relatório do banco norte-americano destaca a evolução dos níveis de alavancagem desses fundos.
Ao longo do quinto mês do ano, duas subcategorias de hedge funds conseguiram se destacar positivamente. Foi o caso dos CTA Advisors (Commodity Trading Advisors, que operam no mercado futuro de commodities) e dos “Equity Market Neutral” (que exploram posições de long & short em ações de um mesmo setor, mercado ou país), que avançaram 0,58% e 1,29%, respectivamente.
Contudo, as outras cinco estratégias de investimento de hedge funds monitoradas pela instituição reportaram um desempenho negativo ao longo do mês, com destaque para os fundos “Equiy Long/Short”, que declinaram 5,02% – o pior desempenho do mês, como revela a especialista do BofA, Mary Ann Bartels.
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“Os fundos L/S diminuíram seu estilo e tamanho, mas aumentaram sua posição comprada no mercado”, disse Mary Ann. Na semana encerrada no último dia 1, os hedge funds de long & short elevaram para 22% sua exposição comprada ao S&P 500 – índice acionário da bolsa de Wall Street, composto pelas 500 ações mais líquidas listadas no mercado local -, “sugerindo que eles possam ter encontrado papéis atraentes, após a correção de 12,5% do pico alcançado pelo mercado no final de abril”.
No entanto, a analista responsável pela compilação dos dados mostra que essa exposição dos L/S ao mercado encontra-se bem abaixo de sua média histórica, que gira entre 35% e 40%.
Alavancagem nos patamares de 2008
Mary Ann também destaca o gradual crescimento dos índices de alavancagem da indústria de hedge funds. “Na passagem de mês a mês, os níveis de março subiram 5,4% e em abril o crescimento foi mais forte, de 6,3%”, disse. “A última vez que esses níveis foram alcançados foi entre setembro e outubro de 2008”, complementou a analista do Bank of America.
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Para ela, essa tendência tem refletido uma melhor percepção dos investidores em relação ao mercado acionário norte-americano. Contudo, ela ressalta o risco de uma correção mais profunda na renda variável, o que pode forçar uma desalavancagem dos investidores.
Outras categorias
Considerando o desempenho na semana terminada no dia 1 de junho, os hedge funds aumentaram sua exposição às commodities metálicas (cobre e prata) na passagem semanal. Outras matérias-primas, como o óleo combustível e o ouro, também tiveram suas posições fortalecidas. Por outro lado, o óleo bruto aparece na ponta vendedora dos hedge funds no período.
No mercado cambial, os investidores diminuíram suas posições vendidas em euro futuro durante a semana. Já a posição comprada em dólar também diminuiu na passagem semanal.