Indústria financeira de Wall Street mostra retomada mais rápida e já projeta recordes

Segundo relatório de fiscal do estado de Nova York, lucros das empresas financeiras já se aproximam dos níveis pré-crise

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Conforme matéria do New York Times desta quarta-feira (18), as principais instituições financeiras voltam a mostrar-se lucrativas. Apesar de a economia norte-americana ainda estar enfraquecida, os quatro maiores bancos de investimento de Wall Street registraram, juntos, lucros de US$ 22,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano.

Estes dados foram reportados pelo fiscal do estado de Nova York, Thomas P. DiNapoli. Segundo ele, caso a atual trajetória dos lucros destas empresas não sofra alterações, deverão superar os recordes atingidos no auge da bolha de crédito, em 2006. “A rápida recuperação da indústria (financeira) é encorajadora” disse o fiscal.

“A economia nacional está, aos poucos, melhorando, mas Wall Street se recuperou muito mais rápido do que qualquer pessoa poderia prever” afirmou DiNapoli, citando, em outro exemplo, as receitas acumuladas por Goldman Sachs, Merrill Lynch, Morgan Stanley e JP Morgan Chase no segundo trimestre de 2009 – US$ 57,7 bilhões.

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A volta dos bônus

Contudo, esta lucratividade traz um efeito colateral amargo: a volta dos bônus executivos das companhias financeiras, que nos últimos meses foi alvo de diversos ataques da opinião pública. DiNapoli informa que os seis maiores bancos dos EUA já reservaram US$ 112 bilhões para salários e bônus de janeiro a setembro de 2009.

Vale destacar que, se a tendência dos lucros for mantida até o final do ano, este valor deverá exceder os US$ 162 bilhões pagos em 2007, o ano anterior à crise financeira, conforme as projeções do fiscal norte-americano.

Emprego

Entretanto, apesar dos altos valores em salários e bônus, o número de postos de trabalho na indústria financeira da cidade de Nova York diminuiu. Conforme o relato, foram fechadas 28.300 vagas desde novembro de 2007.

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Thomas DiNapoli, porém, mantém o otimismo. Para ele, o número de empregos perdidos não deverá superar 35.000, ficando bem abaixo das previsões.