Inflação medida pelo IPC-C1 desacelera e fica em 0,86% em janeiro

Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro deste ano, a variação do IPC-C1 é de 5,43%, contra 5,88% da inflação geral, diz FGV

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – Em janeiro, a inflação medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) desacelerou de 1% em dezembro de 2011 para 0,86% em janeiro deste ano. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (7), deve-se aos grupos Alimentação, Habitação, Vestuário e Saúde e Cuidados Pessoais.

O percentual apurado no IPC-C1 no primeiro mês do ano está acima da inflação geral medida pelo IPC-BR, que ficou em 0,81% em janeiro. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação de 5,43%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 5,88%.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

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Alimentos
Segundo a FGV, entre fevereiro de 2011 e janeiro de 2012, a taxa do grupo Alimentos ficou em 4,67%. O resultado é menor do que o apurado nos últimos 12 meses até dezembro do ano passado, quando a variação foi de 5,45%. Na apuração mensal, a taxa do grupo passou de 1,74%, registrada em dezembro, para 0,58%, no mês passado.

Os grupos Habitação (0,42% para 0,38%), Vestuário (1,51% para -0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,79% para 0,24%) também influenciaram a desaceleração da inflação para esta faixa de consumidores.

Os resultados desses grupos foram impactados, respectivamente, pelos itens: tarifa de eletricidade residencial (de 0,56% para -0,41%), roupas (de 1,53% para -0,71%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,29% para 0,39%).

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No caso do grupo Alimentação, o recuo mensal reflete a variação dos preços das carnes bovinas (de 3,63% para -1,68%).

Outros grupos
Em sentido oposto, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,77% para 3,54%), Transportes (0,00% para 3,25%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,29%) registraram aceleração em suas taxas de variação. As influências partiram dos itens cursos formais (de 0,00% para 9,87%), tarifa de ônibus urbano (0,00% para 3,60%) e alimento para animais domésticos (-1,28% para 2,59%).