Investidores da gigante chinesa Evergrande alertam para risco de “colapso incontrolável”

O colapso da empresa afetaria muitos dos seus investidores. Em junho, a companhia devia o equivalente a US$ 332 bilhões

Estadão Conteúdo

China Evergrande Centre, em Hong Kong
25/08/2021
REUTERS/Tyrone Siu
China Evergrande Centre, em Hong Kong 25/08/2021 REUTERS/Tyrone Siu

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Com sua desistência de um plano de reestruturação de US$ 19 bilhões, a China Evergrande pode gerar um “colapso incontrolável” no mercado imobiliário, alertaram investidores da empresa nesta segunda-feira, 9. Após dois anos de conversa com seus acionistas, a gigante chinesa alegou que as autoridades reguladoras a impediram de emitir novos títulos, fundamental para se reestruturar, porque sua principal filial estava sendo investigada.

Em comunicado, um grupo de investidores que detém mais de US$ 6 bilhões da companhia questionou o esforço da empresa para obter o apoio das autoridades reguladoras e os motivos da garantia dada para aprovação do negócio. Eles disseram que esperam que a Evergrande convença os reguladores para seguir em frente com o plano de reestruturação até o dia 30 de outubro. Questionada, a empresa não respondeu.

O grupo de investidores acrescentou que essa falha da companhia em conseguir avançar com um acordo acabaria afetando outras empresas imobiliárias chinesas que estão com problemas de regulação e débito. “Qualquer reestruturação offshore das empresas imobiliárias chinesas pode se tornar uma missão impossível”, afirmam os investidores.

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O colapso da empresa afetaria muitos dos seus investidores. Em junho, a companhia devia o equivalente a US$ 332 bilhões. Os problemas da companhia colocam mais pressão na economia chinesa, que já teve queda no último ano devido a uma quebra do setor imobiliário e um declínio das exportações.

Uma semana depois de ter cancelado sua reestruturação, a Evergrande informou aos investidores que seu presidente estava sendo investigado por suspeita de crime. O colapso da companhia levou a uma rápida venda das suas ações, que estão sendo negociadas a menos de 10 centavos por dólar.