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A segunda semana de outubro está mais curta, com feriados aqui no Brasil e nos Estados Unidos. Mas a agenda de indicadores econômicos vai trazer números bastante aguardados, sobretudo dados de inflação. Os investidores também vão seguir de olho no noticiário político e o andamento da campanha dos presidenciáveis para o segundo turno pode vir a fazer preço.
Na segunda-feira, os mercados de títulos dos EUA estarão fechadas por conta do feriado nacional de Dia de Colombo. Mas isso não significa que a semana será tranquila para os americanos. Há uma série de indicadores de inflação previstos até sexta-feira, com destaque para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).
O CPI de setembro será divulgado na quinta-feira (13). A média das projeções coletadas pela Refinitv aponta para uma alta de 0,2% na comparação com agosto. Em bases anuais, o índice deve apresentar avanço de 8,1%. Na quarta (12), sai o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês).
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Os Estados Unidos enfrentam a maior inflação em décadas e os novos dados podem influenciar em futuras decisões do BC americano sobre aumento de juros no país. No mesmo dia do PPI, o Federal Reserve divulgará a ata da última reunião de seu Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Na avaliação do UBS BB, a minuta deverá reforçar o tom hawkish dos dirigentes do Fed após a decisão de elevar os juros em 75 pontos-base na última reunião. Outra alta, de mesma magnitude, é esperada para a reunião do Fomc em novembro.
“No entanto, vale lembrar que a ata contém um apanhado de visões dentro do comitê. A minuta vai, provavelmente, mostrar que muitos participantes estão preocupados com um aperto muito agressivo e um movimento muito rápido de alta de juros”, escreveram os analistas do UBS.
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O Fed deve continuar sinalizando para juros em território contracionista e que vai seguir dependendo de novos indicadores econômicos para embasar decisões futuras.
Inflação também é destaque na China e aqui no Brasil
Na quinta-feira à noite, os investidores também vão conhecer os índices de preços ao consumidor e ao produtor na China. Para o primeiro, o consenso Refinitiv aponta alta de 0,3% em setembro na comparação com agosto (e de 2,8% na comparação anual). Para o PPI, a média das projeções é de crescimento de 1% na comparação anual.
Outro indicador de destaque na agenda chinesa é a balança comercial, a ser divulgada na sexta-feira (14). A expectativa é que as exportações em setembro tenham crescido 4,8%, em maior intensidade que as importações, que devem avançar em torno de 1%.
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Aqui no Brasil, a B3 não vai funcionar na quarta (12), em função do feriado religioso de Nossa Senhora Aparecida. Mas antes do descanso no meio da semana, os investidores vão conhecer o índice de preços ao consumidor (IPCA) do mês de setembro. O indicador será divulgado na terça-feira (11) e o Itaú prevê mais uma deflação, desta vez de 0,37%.
“A leitura deve mostrar deflação na gasolina, telecomunicações, serviços e alimentação em casa, com os cortes de preços feitos pela Petrobras em meados de agosto e setembro, além da redução de impostos e preços do leite mais baixos”, escreveu o economista Mario Mesquita. No núcleo do IPCA, a expectativa é que serviços mostrem algum alívio na margem, ainda que se mantendo em níveis historicamente altos.
A semana no Brasil termina com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente a agosto. O Itaú prevê um crescimento de 0,3%.
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Início da temporada de resultados nos EUA
Na agenda corporativa, destaque para o início da temporada de balanços corporativos referentes ao terceiro trimestre de 2022. Os resultados saem a partir de quarta-feira, com Pepsico, e Delta Airlines, na quinta-feira.
Mas os bancos, que dão início oficialmente a temporada, divulgarão seus resultados a partir de quinta. Nesse dia, JP Morgan, Morgan Stanley, Citigroup e Wells Fargo apresentarão seus números.