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SÃO PAULO – Peter Madoff, 67 anos, foi condenado a 10 anos de prisão na última quinta-feira (20), acusado de participar da grande fraude financeira feita por seu irmão, Bernard Madoff. Ele também concordou em abrir mão do pagamento de multa de US$ 143,1 bilhões.
Peter foi considerado culpado pela falsificação de documentos enviados às autoridades de supervisão, que mascaravam a situação da companhia de investimentos de seu irmão, que cumpre pena de 150 anos de prisão.
Apesar da condenação, a juíza responsável pelo julgamento aceitou o pedido da família de Madoff para que ele só tenha que se apresentar no presídio no início de fevereiro, para comparecer à comemoração do Bar Miztvah de sua neta no próximo mês.
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Duas vítimas prestaram depoimento no julgamento, alegando que por seus danos morais e financeiros, gostariam de ver Madoff cumprindo pena de prisão perpétua e sendo encarcerado antes de fevereiro, já que participar de eventos familiares seriam regalias desnecessárias ao réu.
Em sua declaração, Madoff disse estar profundamente envorgonhado por sua conduta que levou seus familiares e amigos a sentirem-se mal e afirmou estar no julgamento para aceitar qualquer punição que viesse a ser proferida.
A pirâmide
Na pirâmide de investimentos gerenciada por Bernard Madoff, era retirado dinheiro da empresa e depois encoberto com investimentos de novos clientes. A fraude – a maior da história da bolsa – foi descoberta em 2008, quando muitos investidores queriam resgatar seu dinheiro no auge da crise econômica, ficando conhecida como esquema Ponzi. A pirâmide alcançou perdas entre US$ 17,3 bilhões e US$ 65 bilhões.
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Pela montagem e manutenção da pirâmide, que durou 50 anos e envolveu cerca de 11 crimes, Madoff foi condenado a 150 anos de prisão e encontra-se encarcerado desde 2009 em uma penitenciária federal, na Carolina do Norte.