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SÃO PAULO – O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou lucro líquido gerencial recorrente de R$ 6,779 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 34,8% na comparação anual e de 3,6% frente ao segundo trimestre.
A projeção, segundo consenso Refinitiv, era de que o Itaú registrasse um lucro de R$ 6,73 bilhões no período, alta de 2,9% na comparação com o segundo trimestre.
O lucro líquido contábil do banco, por sua vez, ficou em R$ 5,780 bilhões, uma alta de 28,7% em um ano, mas 23,5% menor na comparação com o segundo trimestre.
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Já o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (indicador que mede como os bancos investem os recursos de seus acionistas, chamado de ROE) foi de 19,7%, alta de 4 pontos percentuais ante o terceiro trimestre de 2020 (15,7%) e leve melhora de 0,8 ponto porcentual sobre o período entre abril e junho deste ano.
O índice de inadimplência 90 dias, por sua vez, ficou em 2,6%, alta de 0,4 ponto porcentual em um ano (de 2,2%) e de 0,3 ponto porcentual ante segundo trimestre (de 2,3%).
A carteira de pessoas físicas cresceu 8,6% no trimestre e 27,8% na base anual, totalizando R$ 302,8 bilhões, enquanto a carteira de pessoas jurídicas cresceu 5,8% no trimestre e 7,4% em 12 meses, para R$ 264,6 bilhões, “com movimentos importantes em (i) financiamentos a exportação e importação; (ii) veículos, como consequência do aumento da demanda dos clientes; e (iii) capital de giro, por conta da concessão das linhas de crédito incentivadas pelo governo como o Pronampe e o Fundo Garantidor de Investimentos (FGI)”. A carteira de crédito expandida no trimestre foi de R$ 962,3 bilhões, alta de 13,6% na comparação anual.
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A despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa ficou em R$ 5,526 bilhões, alta de 14,3% na comparação com os R$ 4,834 bilhões do trimestre passado, mas com queda de 12,8% na base anual.
O custo do crédito somou R$ 5,232 bilhões, alta de 11,5% na base trimestre-trimestre e queda de 17,2% na comparação anual.
O aumento da despesa com provisão frente o segundo trimestre, aponta o Itaú, é em função da necessidade de provisionamento dado o crescimento da carteira e do aumento nominal do atraso em faixas mais longas. Além
disso, houve aumento da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa na América Latina, causado principalmente pela variação cambial no período, afirmou.
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Os ativos totais aumentaram 4,1% no trimestre e 2,0% nos últimos 12 meses, devido principalmente ao crescimento no trimestre de 10,8% em aplicações interfinanceiras de liquidez, 9,8% em instrumentos financeiros e derivativos e 6,7% em operações de crédito. No ativo permanente, houve um aumento de 11,0% no trimestre, devido principalmente à aquisição da gestão da folha de pagamento do estado de Minas Gerais, reconhecida como intangível.
As captações no mercado aberto cresceram 12,6% e os depósitos cresceram 3,2% no trimestre. Em 12 meses os depósitos cresceram 7,0%, com destaque para o crescimento de 15,3% em depósitos à vista, 8,8% de poupança e 4,1% a prazo.
Receitas e margens
As receitas de prestação de serviços e resultado de seguros avançaram 2,1% em comparação ao segundo trimestre, relacionadas com a: (i) alta de 8,1% em administração de recursos, com destaque para os maiores ganhos com taxa de performance nas receitas de administração de fundos; (ii) crescimento de 4,5% nas receitas de serviços de conta corrente, principalmente em pacotes PJ por aumento na base de clientes e maior tarifa média; (iii) alta de 6,4% nas receitas de cartão de crédito e débito por maiores faturamentos em emissão e adquirência, parcialmente compensada por menores ganhos com anuidade e maior volume de pontos concedidos em programas de recompensa em emissão.
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A margem financeira com clientes cresceu 4,7% no trimestre, para R$ 17,587 bilhões, devido ao maior volume médio de crédito e da maior quantidade de dias corridos no trimestre. A redução dos spreads de crédito foi mais do que compensada pelo crescimento da margem de passivos no trimestre.
Por outro lado, houve redução de 3,2% na margem financeira com o mercado no trimestre, para R$ 1,928 bilhão, que ocorreu em função dos menores ganhos nos livros trading e banking no Brasil, parcialmente compensados por maiores ganhos de tesouraria das unidades da América Latina.
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