Itaúsa (ITSA4) tem lucro recorrente de R$ 2,67 bi no 1º tri, queda anual de 0,6%; empresa anuncia JCP e recompra de ações

Companhia divulgou seus números trimestrais nesta noite de segunda-feira (15)

Felipe Moreira

Divulgação Itaúsa
Divulgação Itaúsa

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A Itaúsa (ITSA4) apresentou lucro líquido recorrente de R$ 2,671 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T23), montante 0,6% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta segunda-feira (15).

De acordo com a holding, o resultado foi impactado principalmente em função da não alienação de ações da XP Inc., as quais contribuíram positivamente no resultado do 1T22 em R$ 1,132 bilhão.

O lucro líquido totalizou R$ 2,798 bilhões no 1T23, uma redução de 24,7% em relação ao lucro apurado no mesmo período do ano anterior.

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Em termos de rentabilidade, a empresa viu o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente ajustado cair de 16,4% no 1T22 para 14,6% no 1T23, baixa de 1,8 pontos percentuais (p.p.).

O resultado recorrente das empresas investidas somou R$ 3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 5% na comparação com igual etapa de 2022.

O resultado financeiro atingiu R$ 182 milhões negativos no 1T23, ante R$ 112 milhões negativos no 1T22.

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As despesas administrativas totalizaram R$ 32 milhões no 1T23. “A redução de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior se deu, principalmente, por menores despesas de pessoal e honorários, impactadas por reversão de provisão decorrente de modificações no plano de incentivo de longo prazo”, explica a empresa.

Os ativos totais somaram R$ 84,517 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um avanço de 14,5% sobre o primeiro trimestre de 2022.

O patrimônio líquido atingiu R$ 73,632 bilhões no 1T23, alta de 12,3% na base anual.

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Já o endividamento líquido subiu 18,1% na comparação anual, atingindo R$ 3,944 bilhões.

Desempenho operacional das investidas

“O Itaú Unibanco apresentou crescimento da carteira de crédito, o que resultou em uma melhor margem com clientes, além de crescimento das receitas de serviços e de seguros, as quais foram parcialmente compensadas por maior custo do crédito advindo do aumento da carteira e do aumento da inadimplência. O banco apresentou redução do índice de eficiência, atingindo 39,8% no consolidado, sendo novamente o menor nível da série histórica”, afirmou a empresa.

A Alpargatas teve seus resultados impactados pela retração da demanda no Brasil e no mercado internacional, além de maiores custos de armazenamento e frete, maiores despesas gerais e administrativas e maior despesa financeira.

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A Dexco também apresentou retração do volume de vendas em suas unidades de negócios, além de um pior mix na Divisão Madeira, Metais e Louças, parcialmente compensados pelo efeito positivo da reavaliação do ativo biológico, venda de madeira em pé e captura de resultados na nova unidade de negócio de Celulose Solúvel.

A CCR, por sua vez, apresentou crescimento das operações nos seus três segmentos de atuação, explicado pela retomada das atividades pós-pandemia, que ainda havia impactado o desempenho do 1T22.

Já a Aegea reportou retração no seu lucro líquido, em função do aumento do endividamento e das despesas financeiras, as quais foram impactadas pela alta da taxa básica de juros.

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Os resultados do investimento na NTS, registrados pela Itaúsa como “ativo financeiro”, foram positivamente impactados, principalmente, pelo aumento de distribuição de dividendos em relação ao ano anterior, parcialmente compensados por ligeira redução no valor justo do ativo.

A Copa Energia apresentou crescimento de Ebitda e lucro, em função, principalmente, da implementação de estratégia comercial, compensando a perda de volume no segmento de revenda.

Por fim, os resultados da XP Inc., que são reconhecidos pela Itaúsa pelo método de equivalência patrimonial, apesar de estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior, contribuíram menos no 1T23 dada a menor participação acionária detida pela Itaúsa nesta investida, decorrente do desinvestimento realizado ao longo dos últimos 12 meses.

Itaúsa aprova JCP

A Itaúsa comunicou que provento trimestral a ser pago no dia 3 de julho de 2023 se dará na forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 0,0235295 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda, resultando em juros líquidos de R$ 0,02 por ação.

Esses juros, pagos a título de antecipação do dividendo obrigatório do exercício de 2023, terão como base de cálculo a posição acionária final do dia 31 de maio e serão creditados de forma individualizada a cada acionista nos registros da companhia em 30 de junho.

A holding aprovou programa de recompra de ações de emissão própria para utilização no âmbito do Plano de Incentivos de Longo Prazo da Itaúsa, aprovado na Assembleia Geral de 28 de abril ou permanência em tesouraria para posterior alienação ou cancelamento, sem redução do capital social.

Dessa forma, visando a aplicação de parcela de recursos existentes em reservas de lucros, o Conselho de Administração da Companhia autorizou a aquisição, no período de 16.05.2023 a 16.11.2024, de até 10 milhões de ações preferenciais de emissão própria.