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O banco de investimento JPMorgan manteve sua classificação neutra para a ação da corretora cripto Coinbase (C2OI34), mas elevou o alvo para o papel, de US$ 52 para US$ 57, afirmou a instituição financeira em relatório divulgado na terça-feira (21).
A decisão veio mesmo após a empresa registrar prejuízo ajustado por ação de US$ 2,46 no quarto trimestre de 2022, valor menor que a estimativa do JPMorgan, de US$ 2,85, porém maior que a projeção da Bloomberg de US$ 2,17.
“A Coinbase está bem posicionada para entregar notável melhoria no ano no EBITDA nos níveis de despesas atuais com a melhoria acentuada nos volumes gerais de cripto em 2023 até agora combinada com um corte de custos um pouco melhor do que o previsto no primeiro trimestre de 2023”, escreveram os analistas do banco, liderados por Kenneth B. Worthington.
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Sem surpresa, os volumes de negociação permaneceram fracos durante o quatro trimestre, mas isso foi compensado por taxas cobradas de plataformas terceiras e receitas de juros mais altas, acrescentou o relatório.
“Após as quebras da FTX e de outras empresas cripto, vimos um aumento da fiscalização regulatória”, disse o presidente-executivo da Coinbase, Brian Armstrong, a analistas, mas acrescentando que a tendência acabará beneficiando a Coinbase.
Em meio à desaceleração do mercado, o volume de negócios na corretora de criptomoedas caiu para US$ 145 bilhões no quarto trimestre, em comparação com US$ 547 bilhões no ano anterior. Oo volume de trades de varejo também recuou significativamente, com o volume no trimestre passado caindo quase 89%, para US$ 20 bilhões.
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Um ponto positivo foi a receita de assinaturas e serviços, que aumentou cerca de 33%, para 282,8 milhões no quarto trimestre, beneficiando-se de fortes aumentos nas taxas de juros.
A Coinbase previu receita de assinaturas e serviços no primeiro trimestre entre US$ 300 milhões e US$ 325 milhões, acima das estimativas de Wall Street, de cerca de US$ 285,7 milhões, segundo dados da Refinitiv.
A empresa registrou receita líquida de US$ 605 milhões no trimestre, ante US$ 2,49 bilhões no ano anterior. A companhia reportou prejuízo líquido de US$ 557 milhões nos três meses encerrados em 31 de dezembro, em comparação com lucro de 840 milhões no ano anterior.
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Um dos maiores contribuintes para a receita do quarto trimestre foi o relacionamento da Coinbase com a emissora de stablecoins Circle. As receitas de assinatura continuaram a crescer no trimestre, com a USD Coin (USDC), emitida pela Circle, gerando US$ 146 milhões em receita de juros para a corretora, segundo o material.
A Coinbase agora visa gerar ganhos positivos antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) “em todas as condições de mercado”, enquanto anteriormente visava operar no equilíbrio do EBITDA em cada ciclo cripto, citou o JPMorgan.
O banco disse que essa é uma mudança notável dado o nível de reestruturação e “realinhamento do negócio” nos últimos trimestres.
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No fechamento da matéria, os papéis da exchange de criptomoedas valiam US$ 59,95, com queda de 3,42% na Nasdaq.