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SÃO PAULO – O juiz federal Claudio Bonadio indiciou e pediu a prisão da ex-presidente da Argentina e atual senadora, Cristina Kirchner, nesta quinta-feira (7). O pedido acontece no âmbito da investigação que analisa a assinatura de um memorando entre o governo do país e o Irã. Kirchner é acusada de encobrir iranianos acusados pelo atentado da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina) que causou a morte de 85 pessoas em 1994.
O pedido de prisão preventiva pelo risco de “atrapalhar as investigações” precisa ser levado agora para ao Senado. A Casa analisará a remoção ou não da imunidade parlamentar da atual senadora. O processo exige que o governo do presidente Mauricio Macri inclua esse pedido em uma convocatória a sessões legislativas extraordinárias.
A ordem de prisão ocorre no mesmo dia em que Bonadio ordenou e a polícia prendeu o ex-secretário de Kirchner durante a Presidência Carlos Zanini e o ex-líder peronista Luis D’Elia pelas mesmas razões apresentadas na ação contra a atual senadora. Entre os pedidos de prisão, está também o do ex-chanceler Héctor Timerman, que teve pedido de prisão domiciliar expedido devido ao delicado estado de saúde.
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Segundo o juiz, eles tentaram armar um “plano criminal orquestrado” para “dotar de impunidade” os iranianos responsáveis pelo atentado à Amia.
A ação deixou 85 mortos e centenas de feridos. Recentemente, os jornais revelaram uma conversa do ex-chanceler Héctor Timerman com um diretor da Amia em que o ministro revelou que o governo kirchnerista sabia da atuação do governo do Irã no atentado. Eles podem ser responsabilizados também por “traição à Pátria”, com uma pena que varia entre 10 e 25 anos. Na última vez que falou sobre o assunto, em outubro deste ano, Cristina afirmou que era “alvo de perseguição política” do atual presidente, Mauricio Macri, contra os membros da oposição.
(Com agências internacionais)