Justiça de SP bloqueia cotas de fundo da Laep; Le Lis Blanc faz acordo com MPT

Também em destaque, está a contratação aprovada pela Natura de crédito de R$ 37 milhões e a S&P reafirmando rating da Ultrapar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa interrompeu na véspera uma sequência de 9 altas, fechando em queda de 2,07%. E o noticiário promete ser movimento também nesta sessão. Em destaque, a Laep Investments (MILK11) comunicou ao mercado que, em decisão proferida pelo juízo da 7ª Vara Cível de São Paulo, foi deferido o bloqueio das cotas de fundos VRC Consumo 8, que concentra a participação da Laep no Brasil, empresa que está em processo de recuperação judicial.

De acordo com a Laep, a sociedade está tomando todas as medidas necessárias para proteção de seus interesses.

A companhia ressaltou que “se sente obrigada a reiterar que sua capacidade de negociação e resolução de problemas, seja de caráter extrajudicial como judicial”, destacando ter sido severamente afetada em decorrência dos efeitos da decisão liminar proferida em ação cautelar movida pela CVM em conjunto com Ministério Público Federal – MPF em face da Sociedade, cuja revogação, por manifesta ilegalidade, está pleiteando em juízo”.

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O processo foi movido pela GLG Emerging Market Special Situation Funds, de Cayman, que pleitea uma dívida de R$ 150 milhões na corte de Bermudas. 

Restoque faz acordo para combater trabalho degradante
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, a Restoque (LLIS3), dona da marca Le Lis Blanc, assinou um termo de ajustamento de conduta com o MPT (Ministério Público do Trabalho) de modo a combater o trabalho degradante.

Em junho, uma fiscalização constatou que 28 bolivianos trabalhavam em condições análogas à escravidão em três oficinas em São Paulo que faziam roupas para a Le Lis Blanc e Bo.Bô. 

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Aneel reajusta tarifas da Elektro e prorroga intervenção no Grupo Rede
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou ainda o reajuste nas tarifas da Elektro (EKTR4) de 8,9% em média, sendo 9,28% para os consumidores residenciais e 8,27% para os de alta tensão, como indústrias.

 A agência ainda prorrogou por mais dois anos o prazo de intervenção em oito distribuidoras controladas pelo Grupo Rede (REDE3). A intervenção foi aprovada em agosto de 2012, ao avaliar que o excessivo endividamento do grupo comprometia a prestação adequada de serviços. 

Queiroz Galvão anuncia descoberta em Bacia do Jequitinhonha
A QGEP Participações (QGEP3) informou na última terça-feira (20) que sua subsidiária Queiroz Galvão Exploração e Produção enviou notificação à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) sobre descoberta no poço 1-QG-5A-BAS, localizado no Bloco BM-J-2 na Bacia de Jequitinhonha, onde a companhia detém 100% de participação.

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De acordo com nota da empresa, o poço tem como objetivo o prospecto Alto de Canavieiras na seção pré-sal. Localizado a 20 km da costa da Bahia, a descoberta ocorreu por anomalias no detector de gás e por indícios de óleo em amostras de calha, associados à interpretação de perfis logging while drilling.

A companhia ainda afirmou que apenas após a perfilagem final do poço e a realização de testes de formação é que será possível determinar a real potencialidade da descoberta. Por fim, o comunicado diz que as atividades de perfuração continuam normalmente e devem ser concluídas até o final deste trimestre.

Natura aprova contratação de R$ 37 mi em crédito do BNDES
A Natura (NATU3) informou que o Conselho de Administração aprovou a contratação de financiamento mediante abertura de crédito concedido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no valor de R$ 37,3 milhões.

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Os recursos serão utilizados para a implantação da primeira fase do projeto que objetiva conectar a companhia às suas consultoras e aos seus consumidores finais, por meio de uma plataforma digital.

Capital Group International reduz participação na Marfrig
A Marfrig (MRFG3) informou que a Capital Group International reduziu a participação acionária para 4,87% do capital social, com a titularidade de 25.384.300 ações do total de 520.747.405 ações ordinárias que hoje compõem o capital social da companhia. 

Black Rock aliena participação na Localiza
Após reduzir a participação em 3 empresas, a BlackRock reduziu a participação na Localiza (RENT3), conforme comunicado enviado ao mercado pela empresa. Deste modo, a gestora passou a
 deter de forma agregada um total de 10,58 milhões de ações ordinárias da companhia, representando 4,99% do total dos papéis ON. 

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Forjas Taurus presta esclarecimentos à BM&FBovespa
Após adiar por duas vezes, a Forjas Taurus (FJTA3) não apontou previsão para a divulgação de resultados da companhia, que foi postergada para atender a um pedido de revisão das condições de um contrato relativo à alienação da controlada Taurus Máquinas-Ferramentas. 

A empresa estima que a repactuação deverá ser levada a efeito no transcurso dos próximos 30 dias. “Entretanto, não temos ainda como prever o eventual reflexo nas notas explicativas, no balanço e no demonstrativo de resultados, de modo a encaminhar para a auditoria e obter o Parecer final”, destacando que qualquer data sinalizada agora correria o risco de ser novamente adiada, afetando a expectativa do mercado mais uma vez.

“Tão logo estejam concretizadas as negociações, estaremos divulgando novo Fato Relevante e a data da divulgação do ITR via Calendário de Eventos Corporativos”, informou a companhia.

Direcional conclui programa de recompra de ações
A Direcional Engenharia (DIRR3) comunicou ao mercado a conclusão do programa de recompra de ações.

No dia 14 de agosto de 2013, a Companhia finalizou a aquisição de 2 milhões de ações de sua própria emissão, com base no programa de recompra de ações aprovado pelo Conselho de Administração da companhia em 11 de junho de 2013, correspondentes a 2,49% das ações em circulação e 1,29% do total dos papéis da companhia. A Direcional comunicou ainda que as ações permanecerão em tesouraria com o objetivo de posterior alienação ou cancelamento.

S&P reafirma rating da Ultrapar
A Standard & Poor’s reafirmou os ratings de crédito corporativo ‘BBB’ na escala global e ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil atribuídos à Ultrapar (UGPA3). A perspectiva permanece estável.

A reafirmação dos ratings reflete a expectativa de que a Ultrapar continuará a manter seu sólido e estável desempenho operacional no decorrer da execução do seu considerável plano de investimentos (capex). A empresa tem apresentado tendências de crescimento positivas em todas as suas linhas de negócios. A expansão do seu segmento de distribuição de combustíveis, cuja grande escala tem ajudado a empresa a reportar margens consolidadas acima de 4,5% nos últimos 12 meses findos em junho de 2013, tem sido a principal fonte do seu crescimento.

Já o perfil de risco financeiro da Ultrapar foi classificado como “intermediário”. “A empresa tem melhorado seu perfil de vencimentos de dívida e reduziu ligeiramente suas métricas de alavancagem, embora ainda tenha vencimentos de curto prazo significativos”, informou a agência.

O caso-base da S&P projeta que a Ultrapar manterá suas métricas de crédito alinhadas ao seu perfil de risco financeiro “intermediário”. Esse cenário assume principalmente um crescimento de volume de cerca de 6% na Ipiranga, seu segmento de distribuição de combustíveis, com preços estáveis e elevações mínimas nas margens em função das economias de escala.

“Dado o seu capex significativo, esperamos que a empresa continue a refinanciar seus principais vencimentos e, consequentemente, acreditamos que são improváveis reduções substanciais na sua dívida”, destacou a agência.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.