SÃO PAULO — A Justiça de Santa Catarina decretou nesta terça-feira (18) a falência da Pomi Frutas (FRTA3), ex-Renar Maçãs. A empresa estava em recuperação judicial desde 2018, com dívidas que somavam R$ 30 milhões.
Em nota enviada ao mercado, a Pomi Frutas informou que “tomou conhecimento de que o Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Fraiburgo/SC proferiu, nesta data, decisão decretando a falência da companhia e de sua controlada Pomifrai Fruticultura S/A.”
Segundo a empresa, a decisão não é definitiva e está sujeita a recursos, e ela “adotará tempestivamente as medidas cabíveis no âmbito do processo de recuperação judicial.”
Os negócios com as ações da Pomi Frutas estão suspensos desde a abertura do mercado no pregão de hoje. Em nota, a B3 informou que está “no aguardo de esclarecimentos sobre a decretação de falência da companhia.”
A Pomi Frutas abriu capital em 2005 — na época, com a marca Renar Maçãs —, numa oferta de ações que levantou R$ 16 milhões.
Ela ganhou notoriedade por ter sido a primeira empresa no Bovespa Mais, um segmento especial de governança corporativa criado pela Bolsa brasileira para incentivar pequenas e médias empresas a lançarem ações no mercado.
Desde o IPO, as ações da Pomi Frutas caíram 84,3% — o maior valor histórico do papel foi atingido em dezembro de 2008, quando chegou aos R$ 156,57, bem distante dos atuais R$ 8,05 (último fechamento). Em 2019, elas subiram 56%, ensaiando uma retomada após as perdas com o anúncio de recuperação judicial.
As marcas mais conhecidas da Pomi Frutas são a Renar e Pomifrai, que são consideradas duas das mais fortes no segmento de maçãs no mercado interno. Entre seus clientes, destacam-se grandes redes varejistas, como o Pão de Açúcar, Walmart, Benassi, entre outras.
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