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A Kora Saúde (KRSA3) lucrou R$ 3,2 milhões de forma líquida no primeiro trimestre de 2023, número 93% menor do que os R$ 47,1 milhões do mesmo período do ano passado.
A queda do lucro se dá mesmo com a receita da companhia tendo avançado 16% na mesma comparação, chegando a R$ 553 milhões.
“O crescimento da receita líquida foi positivamente impactado por: crescimento orgânico na base de hospitais já existentes; aumento de 2 pontos percentuais na taxa de ocupação saindo de 75,7% para 77,7%; run rate dos hospitais adquiridos; ampliação de especialidades médicas; novos procedimentos de alta complexidade”, fala a Kora Saúde no documento publicado na noite desta segunda-feira (15).
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A companhia fechou março com 2.103 leitos, sendo 1.743 operacionais. Estes últimos cresceram 7% no ano, com aquisições e acréscimo de leitos em hospitais já existentes.
“No primeiro trimestre, a companhia atingiu 121 mil pacientes por dia, volume 16% acima do mesmo período do ano anterior e 97% acima do reportado no primeiro trimestre de 2021”, destaca.
O custo de serviços prestados, contudo, avançou 22%, saindo de R$ 350,3 milhões para R$ 429 milhões. Os custos com pessoal totalizaram R$ 112,3 milhões, crescimento de 5% no ano, os custos de materiais saltaram 23%, para R$ 114,1 milhões, de olho na pressão inflacionária e na expansão.
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As despesas gerais e administrativas saltaram 24%, chegando a R$ 65,9 milhões. “Foram impactadas pelo efeito não-caixa de R$ 8,5 milhões, referente ao plano de remuneração baseado em ações”, falam.
O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), o lucro operacional, caiu, então, 4% na comparação anual, ficando em R$ 91,9 milhões. A Kora Saúde, contudo, destaca que o Ebitda ajustado, sem impacto de custos não recorrentes, principalmente no que tange a aquisições, teria ficado estável em R$ 112,1 milhões.
O resultado financeiro totalizou R$ 99,1 milhões no primeiro trimestre, alta de 85% no ano. A Kora Saúde fechou março com uma dívida líquida de R$ 1,8 bilhão, ante R$ 1,3 bilhão no mesmo mês de 2022.
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“A dívida líquida, por sua vez, foi temporariamente impactada pelos maiores investimentos em capital de giro, especialmente em relação à recomposição da carteira de recebíveis, que totalizou R$ 934 milhões”, explica a companhia.