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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, repetiu nessa segunda-feira, desta vez em discurso no Parlamento Europeu, que o setor bancário da zona do euro é resiliente, com fortes posições de capital e liquidez. Ela disse ainda que a autoridade monetária continua a monitorar de perto os desenvolvimentos do mercado para poder responder prontamente e necessário para preservar a estabilidade tanto dos preços como a financeira na área.
Ela voltou a garantir que, caso seja necessário, existe um kit de ferramentas da política do BCE totalmente equipado para fornecer apoio de liquidez ao sistema financeiro local e assim preservar a “transmissão harmoniosa da política monetária”.
Sobre a decisão da semana passada, quando o BCE optou por manter o ritmo de alta das taxas juros em 50 pontos-base, mesmo em meio à instabilidade financeira, Lagarde disse isso aconteceu em linha com a determinação do Banco Central em assegurar o regresso da inflação em direção à meta de 2% no médio prazo. “Dado que se prevê que a inflação permaneça muito elevada durante demasiado tempo”, afirmou.
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Segundo ela, o elevado nível de incerteza reforça a importância de uma abordagem do BCE dependente de dados para as de taxa de juros, que serão determinadas pela avaliação das perspectivas de inflação à luz dos dados econômicos e financeiros recebidos, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária.
Sobre a inflação na zona do euro, Lagarde reconheceu que o principal índice diminuiu de seu pico observado em outubro, devido a uma forte queda nos preços de energia, e e situou-se em 8,5% em fevereiro.
No entanto, ela ponderou que as pressões de preços acumuladas ainda estão se espalhando pela economia com um certo atraso. Como resultado, o núcleo da inflação, excluindo energia e alimentos, continuou aumentando e atingiu 5,6% em fevereiro.
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Ela afirmou que o BCE vê agora uma inflação média de 5,3% em 2023, de 2,9% em 2024 e de 2,1% em 2025. “Ao mesmo tempo, as pressões de preços subjacentes permanecem fortes. A inflação excluindo energia e alimentos deverá atingir uma média de 4,6% em 2023, valor superior ao previsto nas projeções de dezembro”, reforçou.
Posteriormente, projeta-se que o núcleo a inflação caia para 2,5% em 2024 e 2,2% em 2025, à medida que as pressões dos choques de oferta anteriores e d reabertura da economia desapareçam pelos efeitos da política monetária mais restritiva sobre a demanda.