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SÃO PAULO – A próxima composição do Ibovespa, índice que reúne as ações de maior liquidez da Bolsa brasileira, a ser anunciada no dia 1º de abril e que entra em vigor em 3 de maio, deverá ter algumas mudanças, preveem os especialistas do Bank of America (BofA).
Pelos cálculos da equipe de análise do banco, os papéis da Locaweb (LWSA3) devem integrar o benchmark, enquanto as ações da rede atacadista Assaí (ASAI3) devem sair do índice.
“Estimamos que [as ações da Locaweb] tenham alcançado os requerimentos mínimos baseados no índice de negociabilidade, que leva em consideração o volume negociado e o número de negócios”, diz relatório do banco americano, assinado por David Beker, Nicole Inui e Paula Andrea Soto, que projeta um peso de 0,1% para as ações da Locaweb no Ibovespa.
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No caso das ações da rede Assaí, o BofA assinala que, pela metodologia adotada pelo Ibovespa, as ações entraram no índice desde sua estreia na Bolsa, no dia 1º de março, por se tratar de um “spin-off” de um papel que já fazia parte do índice, do Pão de Açúcar. Esse último deve continuar presente no benchmark.
Na trave
Ainda de acordo com os cálculos do BofA, as ações da Sanepar (SAPR4) e do Banco Inter (BIDI4) não atendem hoje aos requisitos mínimos de negociabilidade para entrarem no Ibovespa. Mas, se a toada recente do mercado prosseguir nas próximas semanas, a tendência é que até o fim de abril esses papéis estejam aptos para compor o principal índice de ações da Bolsa.
Por outro lado, Energias do Brasil (ENBR3), Fleury (FLRY3) e Ecorodovias (ECOR3) estão entre as ações do índice com os menores níveis de negociações e correm o risco de deixar o benchmark nas próximas revisões. Todas as estimativas têm como base os dados até 10 de março, e estão sujeitas a alterações.
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Na atual composição do benchmark que vigora desde o início de janeiro até o fim de abril, os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice são Vale ON (VALE3; 11,3%), Itaú Unibanco PN (ITUB4; 6,8%), Petrobras PN (PETR4; 5,9%), B3 ON (B3SA3; 5,4%) e Bradesco PN (BBDC4; 5,2%).
Reavaliado a cada quatro meses, o Ibovespa é resultado de uma carteira teórica de ativos que passa a vigorar sempre na primeira segunda-feira de janeiro, maio e setembro.
O benchmark é composto pelas ações e units de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios de metodologia, correspondendo a cerca de 80% do número de negócios e do volume financeiro do mercado local.
