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A Log Commercial Properties (LOGG3), que atua no segmento de construção, venda e locação de galpões logísticos, reportou lucro líquido de R$ 29,1 milhões no primeiro trimestre de 2023, ante R$ 132,3 milhões em igual período de 2022, representando uma queda de 78%.
O CFO da Log, André Vitória, afirma que a queda na última linha do balanço foi reflexo de uma mudança de estratégia da companhia para este ano, em que vai priorizar a redução de investimentos (capex) para diminuir seu endividamento líquido, estimado em R$ 1,3 bilhão.
A empresa cortou de R$ 800 milhões para R$ 450 milhões sua previsão de capex para este ano e, na outra ponta, busca negociar cerca de R$ 1 bilhão em ativos “nos próximos meses”. Os ativos em negociação não foram citados.
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“Queremos passar uma mensagem de disciplina financeira neste momento de incerteza. Nossos fundamentos não mudaram, mas o do mercado, sim. Mesmo com nossas dívidas alongadas [o grosso do passivo começa a ser pago em 2026], queremos melhorar prazos e custo”, afirma Vitória ao InfoMoney.
Atualmente, endividamento da Log CP está em CDI + 1,8%. A alavancagem, medida pela dívida líquida pelo patrimônio líquido, está em 35%, patamar considerado relativamente baixo pelo executivo.
Locação segue em alta
Apesar do recuo no lucro líquido consolidado, André Vitória aponta como positivo o desempenho da vertical de locações. “O lucro consolidado caiu em função da nossa redução de capex, mas ao observar a locação, que é o core business, tivemos um desempenho melhor”, avalia o CFO.
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Neste sentido, o ticket médio de locação da Log avançou 20,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) da atividade de locação cresceu 76,1% no comparativo, para R$ 52,9 milhões.
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No mesmo período, a área bruta locável (ABL) aumentou 11,1%, para 1,17 milhão de metros quadrados. A vacância dos imóveis está na mínima histórica, em 1,43%, com inadimplência de 0,8% dos contratos (aumento de 0,2 ponto no comparativo anual).
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A receita líquida consolidada somou R$ 67 milhões, com alta de 76,1%. O fluxo de caixa das operações (FFO, em inglês), importante métrica do setor imobiliário, subiu 4,8% em um ano, para R$ 31,2 milhões.
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