Lojas Marisa (AMAR3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 97,5 milhões no terceiro trimestre

Receita da companhia caiu impactada por menor venda nos digitais e também por condições climáticas pouco favoráveis

Vitor Azevedo

(Shutterstock)
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A Lojas Marisa (AMAR3) teve um prejuízo líquido de R$ 97,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 44,4 milhões do mesmo período do ano passado.

Em parte, o pior desempenho reflete a queda de 5,1% da receita líquida, que saiu de R$ 530,1 milhões para R$ 503,1 milhões.

“O recuo se deu, em grande parte, devido à redução de same stores sales (SSS) mais acentuada no canal Digital”, comenta a Lojas Marisa no documento publicado na noite desta quinta-feira (10). “Já a performance tímida SSS nas lojas físicas refletiu o impacto da instabilidade climática com períodos mais alongados de frio que ocorreu em um momento no qual nosso estoque de inverno já estava bastante reduzido e a coleção Primavera-Verão havia sido lançada”.

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Apesar disso, a Lojas Marisa registrou um aumento de 7,2 ponto percentual da sua margem bruta, que chegou a 49,6%, com repasse de preços e, segundo a companhia, com melhorias em seus produtos e em sua gestão de estoque.

As despesas com vendas ficaram estáveis na comparação ano a ano, em R$ 219,5 milhões, bem como as despesas gerais e administrativas, que ficaram em R$ 41,3 milhões.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do setor de varejo, apesar do recuo da receita, saltou 42,4%, para R$ 43,8 milhões.  No MBank, o Ebitda foi negativo em de R$ 10,3 milhões, por conta de provisões para pagadores duvidosos ainda elevadas.

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Com isso, o lucro operacional consolidado consolidado saiu de R$ 72 milhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 31,5 milhões.

A Lojas Marisa ainda teve um resultado financeiro negativo em R$ 85,8 milhões, alta de 127,1% no ano. “Isso se deu principalmente devido ao aumento do ajuste de valor presente, em consequência do aumento nas taxas de juros, além das maiores despesas relacionadas a renegociações com clientes”, explicam.

A companhia, por fim, fechou setembro com uma dívida líquida de R$ 566,1 milhões, com crescimento de 7,9% no ano.