Magazine Luiza marca data para aprovar desdobramento e Estácio é “elevada” de novo; Petrobras, Vale e mais no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (21)

Lara Rizério

Fachada da Estácio, uma das empresas da Yduqs (Divulgação)
Fachada da Estácio, uma das empresas da Yduqs (Divulgação)

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SÃO PAULO  – Em dia de vencimento sobre opções sobre ações, o noticiário é bastante movimentado, com destaque para a venda de ações da Estácio por Chaim Zaher, com outro banco elevando a recomendação para os ativos ESTC3, enquanto a Vale submeterá ao Conselho assembleia para aprovar conversão de ações remanescentes. Confira mais destaques desta segunda-feira (21):

Confira os destaques do noticiário corporativo: 

Vale (VALE3; VALE5)
A diretoria da Vale submeterá ao conselho de administração proposta para convocação de uma assembleia geral para aprovar a conversão de ações remanescentes preferenciais em ordinárias, permitindo então que a empresa migre para o Novo Mercado. Pela proposta, será preservada na conversão das ações remanescentes a mesma razão adotada na conversão voluntária, que teve fim em 11 de agosto, de 0,9342 ação ON por cada ação PN, explicou a Vale.

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Petrobras (PETR3; PETR4)
O Citigroup e outros sete bancos subscrevem o IPO da BR Distribuidora, segundo notícia da Reuters. O IPO, provavelmente, ocorrerá em novembro. A Petrobras considera se deve listar em São Paulo ou Nova York. 

Segundo a agência de notícias, 30% a 35% da unidade poderiam ser vendidos em IPO. A companhia também contratou unidades de investimento do Bank of America Merrill Lynch, MS, JPMorgan Chase, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil como subscritores do plano. A Petrobras não quis comentar à Reuters; Representantes do MS, BofA, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil também não quis comentar. Os outros bancos não responderam imediatamente aos pedidos de comentário da agência de notícias. 

A Petrobras ainda anunciou a elevação em 2,3% preço do diesel e em 3,3% da gasolina para as refinarias. Os preços serão válidos a partir de 22 de agosto, segundo informação no site da Petrobras.

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Gafisa (GFSA3)

O conselho de administração da Gafisa nomeou Carlos Eduardo Moraes Calheiros como Diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores, em reunião realizada em 18 de agosto, de acordo comunicado à CVM. Sandro Rogério da Silva Gamba, que acumulava os cargos de Diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores, permanecerá presidente da empresa. 

Magazine Luiza (MGLU3)

A Magazine Luiza convocou para o próximo dia 4 de setembro AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para deliberar sobre a proposta de desdobramento das ações. A proposta do conselho de administração prevê que cada ação ordinária seja desdobrada em 8 papéis da mesma espécie, com o objetivo de aumentar a liquidez e tornar as ações mais acessíveis aos investidores.

Vulcabras (VULC3)
A fabricante de calçados Vulcabras Azaleia informou que foi autorizada nesta sexta-feira por seu conselho de administração a pedir registro para realizar oferta primária e secundária de ações. Segundo a empresa, a operação será coordenada pelos bancos Credit Suisse e Bradesco BBI. 

A empresa já tem ações negociadas na B3, mas tem baixa liquidez. Nesta sexta-feira, foram realizados apenas 143 negócios. Esse tipo de operação, que entre outros fatores tem a propriedade de dar maior liquidez aos papéis, é chamada no mercado de re-IPO, uma espécie de reestreia da companhia no mercado.

Cemig (CMIG4)
A Cemig ofereceu ao governo federal pagar R$ 11 bilhões por quatro usinas cujas concessões venceram, buscando evitar que a União leiloe as concessões em setembro, disse na sexta-feira o diretor-presidente da elétrica mineira, Bernardo Alvarenga.

No entanto, ele admitiu em entrevista a jornalistas, após ato político em Minas Gerais para a Cemig seguir com as usinas, que a companhia precisa urgentemente encontrar garantias no mercado de que conseguirá pagar os R$ 11 bilhões, para evitar que o governo leiloe as concessões. De acordo com o executivo, ou a Cemig faz o pagamento ou o leilão vai acontecer.

Segundo o BTG Pactual, a Cemig não possui os recursos e a decisão não parece racional. As implicações devem ser: i) para a Cemig: a única opção é acelerar o programa de desinveastimento e achar sócios para a planta; ii) para a Light e Taesa: probabilidade das companhias não serem vendidas são cada vez menores. A Light já está em processo de venda e Taesa deve vir em seguida; iii) para a Cesp: se houver acordo e o leilão das concessões não ocorrer, Cesp pode se beneficiar na margem com prêmio para seu próprio leilão (que está programado para um dia antes do da Cemig).

Ainda sobre a companhia, a chinesa SPIC Overseas suspendeu a assinatura do acordo de aquisição da hidrelétrica de Santo Antonio, no rio Madeira (RO), por causa do atraso no aumento da garantia física da usina, segundo o jornal Valor Econômico. A Cemig e a Odebrecht, que compartilham o controle da megausina, pretendiam assinar o contrato de venda no fim deste mês, para que a operação pudesse ser finalizada até outubro.

Estácio (ESTC3)
O empresário Chaim Zaher, dono do Grupo SEB, decidiu zerar sua posição na Estácio, alegando que não tinha motivos para continuar com uma fatia tão pequena. Ele detinha 3,51% da companhia, mas uma parte era alugada. Desconsiderando esses papéis, sua fatia estava em 1,25%. Com a venda das ações, ele levantou cerca de R$ 435 milhões. A maior parte dos papéis foi adquirida pela gestora de recursos Advent, que passou a deter 8,67% do capital social da companhia. Já o colunista Lauro Jardim, do O Globo informou que, com R$ 600 milhões em caixa, a Estácio contratou o BTG para assessorá-la em aquisições que pretende fazer. 

Por fim, a Estácio teve a recomendação elevada de neutra para overweight (exposição acima da média do mercado) pelo JPMorgan, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 15,50 para R$ 27,00. Na sexta-feira, o BTG havia elevado a recomendação para compra. 

Eletrobras (ELET3; ELET6)
A Eletrobras vai inaugurar nesta segunda-feira um canal de denúncias para acelerar apurações de possíveis desvios de conduta, disse à Reuters o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr. As denúncias feitas a esse canal, operado por uma empresa externa, serão classificadas por temas e direcionadas ao Comitê do Sistema de Integridade (CSI), que fará a gestão centralizada da apuração e dos processos de responsabilização e de remediação.

Linx (LINX3)
A Linx, empresa de software de gestão para varejo, concluiu hoje a compra de 100% do Grupo Synthesis, por US$ 16,3 milhões – em uma operação que havia sido anunciada em 10 de julho. A companhia ainda poderá pagar mais US$ 9,5 milhões nos próximos três anos, valor sujeito ao cumprimento de metas financeiras e operacionais.

A Synthesis atua no desenvolvimento e comercialização de software de automação de pontos de venda (POS) e de soluções para meios de pagamento eletrônico (TEF) e conta com subsidiárias integrais nas Américas, com destaque para México e Argentina.

BTG Pactual (BBTG12)
A partir desta segunda-feira (21), as units BBTG11, do BTG Pactual, deixarão de ser negociadas na B3. Conforme comunicado da companhia datado de 4 de agosto, haverá uma migração automática de todos os atuais titulares remanescentes desses papéis para a estrutura de negociação segregada. Isso significa que os acionistas receberão, para cada unit BBTG11, uma unit BPAC11 e outra BBTG12. O prazo para a migração voluntária, a custos menores, se encerrou nesta sexta-feira (veja aqui).

BRF (BRFS3)

De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a BRF trata com ares de sigilo sua nova marca de processados, que será lançada em janeiro – mas ela já tem nome. Foi batizada de Quideli. Segundo o colunista, a marca será posicionada numa faixa de preço mais baixa que a dos produtos Sadia e Perdigão.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp pretende recomprar até 6,82 milhões de ações, em um novo programa de recompra aprovado pelo Conselho que terá prazo máximo de 18 meses (até
20 de fevereiro de 2019). A quantidade de ações em circulação no mercado é de
239,7 milhões. Os papéis recomprados serão mantidos em tesouraria “com o objetivo de gerar valor aos seus acionistas, podendo ser posteriormente
canceladas, alienadas e/ou utilizadas em atendimento ao exercício de opções de compra de ações outorgadas”, informou a companhia. 

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.