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SÃO PAULO – Após manter o discurso de evolução da economia, mas com maiores temores em relação à taxa de desemprego, a maioria dos membros do Federal Reserve acreditava ainda ser apropriado a redução do programa de estímulos, o Quantitative Easing III, neste ano, indicou a ata da última reunião do Fomc, nos dias 17 e 18 de setembro, apresentada nesta quarta-feira (9).
Os integrantes do encontro do Fed indicaram que o melhor seria iniciar a redução este ano, encerrando o programa por completo em meados de 2014. Em setembro, a autoridade monetária se mostrou preocupada com os rumos das taxas de juros após a decisão de reduzir o programa, sendo que a decisão de manter o QE3 inalterado por mais um tempo foi tomada por pouco.
Dois integrantes da autoridade monetária acreditam que o primeiro movimento rumo ao fim do QE3 não deve ocorrer até o próximo ano e que o programa deve se manter pelo menos até junho de 2014. Por outro lado, outros dois integrantes entendem que é necessário acabar com os estímulos mais rapidamente.
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Em junho, o presidente do Fed, Ben Bernanke indicou que o programa de compra de ativos poderia ser reduzido ainda em 2013. Isso fez com que os mercados fossem pegos de surpresa quando a autoridade monetária não iniciou a redução em setembro. A ata indicou que a maioria acredita que a redução do programa neste momento poderia causar um aperto injustificado nas condições do mercado.
Ainda nesta quarta-feira, o mercado espera que o presidente Barack Obama nomeie Janet Yellen como a nova presidente do Fed, com a saída de Bernanke ocorrendo em janeiro próximo. A próxima reunião do Fomc ocorre nos dias 29 e 30 de outubro.
Apesar da expectativa do anúncio da redução, economistas não acreditam que ela deve ocorrer neste próximo encontro já que não está agendada uma conferência de Bernanke, ao contrário da última reunião do ano, em dezembro, quando o presidente do Fed discursará para explicar a decisão.