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Se ano passado, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a preocupação era com falta de oferta de grãos e com a subida de preços inerente à escassez, hoje o mercado de grãos assiste baixas não vistas desde 2019, de acordo com o BBI.
Segundo relatório do banco, publicado nesta sexta (15), a tendência é que o mau humor do mercado de grãos persista por mais algum tempo.
“O clima melhorado, as taxas de juros mais altas globalmente para reduzir a inflação e a demanda chinesa mais fraca são fatores que estão pressionando os preços para baixo para essas commodities agrícolas”, diz o banco. Mas, mesmo assim, analisa que a baixa deve persistir.
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Ciclo de preços
De acordo com a análise, historicamente há um mercado de alta por 2 a 3 anos, seguido por um período de baixa pelo mesmo período (e, nesse momento, os preços tendem a voltar ao que eram, como em 2019).
Para o BBI, isso significaria que os preços do trigo nos próximos 6-9 meses estariam sujeitos à queda de 10%, os valores para milho cairiam 20% e a soja recuaria 30%.
Entre os nomes brasileiros impactados, de acordo com o relatório, estaria a SLC Agrícola, que hoje o BBI avalia como underperform (desempenho abaixo do índice de referência, equivalente à venda), com preço-alvo de R$ 41,00.
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A empresa foi considerada “com caminho mais turbulento no curto prazo”, pelo BBA em relatório recente.
Nesta sexta-feira (15), a SLC fechou com queda de 0,50%, cotada a R$ 40,04. No ano, os papéis operam estáveis, com menos 0,11%.