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(Bloomberg) — Os futuros do minério de ferro recuperaram parte das perdas depois da queda no início da semana, mesmo com a piora da escassez de energia na China, que reforça expectativas de menor produção de aço no país.
Os futuros em Singapura têm uma semana volátil: os preços chegaram a subir para US$ 120 a tonelada, mas depois devolveram os ganhos. O agravamento da crise de energia na China atinge várias commodities, como alumínio e fertilizantes, e províncias que respondem por 66% do PIB da China podem enfrentar apagões, de acordo com a Bloomberg Intelligence.
Em Jiangsu, a segunda maior província produtora de aço da China, 70% das linhas de produção foram afetadas por medidas de controle de energia, segundo uma associação de siderúrgicas da região. Em todo o país, a produção mostrava queda de 7,2% na comparação mensal em meados de setembro, segundo pesquisa da China Iron & Steel Association.
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Além das restrições de energia, os cortes de produção durante o inverno e a iniciativa para melhorar a qualidade do ar durante a Olimpíada de Inverno também devem pressionar os volumes de aço no curto prazo, disseram analistas do UBS como Myles Allsop em relatório.
“A China agora deve entregar uma produção de aço estável em 2021”, escreveram, prevendo que os volumes ficarão cerca de 60 milhões de toneladas abaixo do segundo semestre em comparação com o mesmo período do ano passado.
Do lado da oferta, as exportações globais de minério de ferro aumentam e mostram alta de 2% no acumulado do ano, disse o UBS, citando dados próprios de rastreamento de navios.
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Em relação à crise da Evergrande, a China comprou uma participação da incorporadora em um banco regional em dificuldades na tentativa de limitar efeitos colaterais no setor financeiro. A crise da Evergrande impactou a confiança de investidores dos mercados imobiliário e de commodities. O setor imobiliário responde por cerca de um terço da demanda por aço na China.
Em Singapura, os futuros de minério de ferro subiam 1,5%, para a US$ 114,45 a tonelada às 15h28, no horário local, depois da queda de 7,4% na terça-feira, enquanto os preços na China avançaram 2,4%. Os futuros do aço também fecharam em alta em Xangai.
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