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As ações ordinárias da Minerva (BEEF3) fecharam a sessão desta segunda-feira (4) com alta de 4,56%, a R$ 8,95.
Segundo operadores, em grande parte a alta da Minerva se dá após a companhia ter recuado forte nos últimos pregões. Na última semana, seus papéis ordinários recuaram cerca de 21%, sofrendo pelo anúncio da compra da Athn Foods Holdings e determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai da Marfrig (MRFG3) – por R$ 7,5 bilhões – em meio às preocupações sobre alavancagem.
Especialistas, apesar da maior alavancagem e da queda, destacaram que a reação pode ter sido exagerada. A XP, por exemplo, no fim da semana passada, manteve sua recomendação de compra para os papéis do frigorífico – apesar de ter reduzido o preço-alvo de R$ 15,50 para R$ 13,10, de olho no fluxo de caixa futuro.
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” A percepção do mercado é incerta, não apenas considerando se as agências antitruste aprovarão ou não a aquisição, tanto aqui no Brasil como no Uruguai, mas também devido às divergências de valuation entre os fatos relevantes da Marfrig e da Minerva. Atualizamos as nossas estimativas considerando o pagamento inicial do negócio e mantivemos recomendação de compra estritamente devido ao valuation descontado da Minerva”, fala o time da corretora, liderado por Leonardo Alencar.
Também nesta segunda, uma matéria do Brazil Journal anunciou que o frigorífico iniciou um road show para colocar um bond entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, a ser precificado na próxima quinta. A companhia estaria tentando aproveitar a janela boa de mercado para conseguir um custo menor e diminuir sua alavancagem, sendo que a Minerva não acessa o mercado desde 2021.
Já um relatório do BTG Pactual, por fim, apontou que apesar dos fracos números de exportações de carne bovina do Brasil em agosto, os spreads vieram fortes.
O ciclo do gado tem sido positivo no Brasil. Por conta do aumento do número das cabeças, frigoríficos estão trazendo margens maiores, gastando menos na aquisição dos animais. A Minerva, por ser a empresa com maior exposição ao Brasil, surfa positivamente na questão – o que já foi visto no segundo trimestre.
(Com Reuters)