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SÃO PAULO – O Morgan Stanley rebaixou sua recomendação às ações da Tivit (TVIT3) para equal-weight. Contudo, o banco elevou o preço-alvo esperado para os ativos da companhia ao final do ano, indo de R$ 20 para R$ 22 – upside de 23% em relação ao fechamento desta sexta-feira (9).
A analista do banco norte-americano, Tatiana Feldman, atribui essa revisão à recente alta vista nos papéis da empresa, que registraram um rali de mais de 45% entre o final de novembro e os dias de hoje. “A recente valorização dos ativos é uma boa oportunidade para realização de lucros” diz Tatiana. Vale lembrar que a empresa estreou na BM&F Bovespa em 28 de setembro de 2009, a um preço de R$ 15.
Contudo, a analista do Morgan Stanley deixa claro que continua otimista com a Tivit para o longo prazo e que a sugestão atual é baseada principalmente no fato de que o potencial de valorização de TVIT3 em 2010 encontra-se bem próximo da performance projetada para o Ibovespa, já que pontuação estimada pelo banco (85 mil pontos) para o índice denota um potencial de alta em 19%.
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“Ainda assim, continuamos a encontrar valor a longo prazo na franquia, principalmente considerando a oportunidade de terceirização no longo prazo que parece existir no Brasil”, disse Tatiana, que espera um crescimento contínuo na geração de fluxo de caixa e no lucro da empresa. Ademais, os múltiplos da Tivit permanecem sob forte desconto em relação aos seus pares.
Custos e noticiário
Apesar de demonstrar certa confiança à performance da companhia no longo prazo, Feldman justifica seu temor no curto prazo. Para ela, as perspectivas sobre a companhia em 2010 não são tão agressivas para manter o forte rali apresentado nos últimos quatro meses, ainda mais se levar em conta a possibilidade de maiores custos na area de TI (Tecnologia de Informação) nesse período.
Além disso, vale mencionar o noticiário visto na mídia brasileira no final de março, falando sobre a possibilidade dos controladores da empresa venderem sua participação a um fundo de investimentos internacional. De acordo com a analista, o preço por ação de R$ 19 não é interessante o suficiente para elevar seus ânimos sobre o papel.