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Minutos depois que a Genesis entrou com pedido de recuperação judicial, na madrugada desta sexta-feira (20), o CEO da exchange Gemini, Cameron Winklevoss, ameaçou processar o CEO doa controladora da Genesis, Digital Currency Group (DCG), Barry Silbert, pelo reembolso de um empréstimo de US$ 900 milhões.
A ameaça, feita via Twitter, vem depois que Winklevoss travou uma guerra pública contra a DCG para recuperar o dinheiro que havia sido concedido à Genesis como parte de uma parceria para operar um serviço de poupança digital chamado “Earn”.
Winklevoss chamou a falência da Genesis de um “passo crucial” para recuperar os ativos dos usuários da Gemini. Mas, ele ainda pretende processar Silbert e a controladora da Genesis, DCG, a menos que Silbert faça uma “oferta justa” aos seus credores.
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“Estamos nos preparando para tomar medidas legais diretas contra Barry, DCG e outros que compartilham a responsabilidade pela fraude que causou danos aos mais de 340.000 usuários do Earn e outros enganados pela Genesis e seus cúmplices”, escreveu Winklevoss.
A Gemini e a Genesis estabeleceram um acordo em 2021 para operarem juntos a Gemini Earn, uma espécie de conta remunerada em criptomoedas que atende centenas de milhares de investidores dos EUA.
Como parte do negócio, a Gemini emprestou recursos depositados por clientes para a Genesis, que, por sua vez, emprestou esse dinheiro para outras empresas de criptomoedas.
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Mas, a situação se complicou em novembro, quando a Genesis suspendeu resgates e a concessão de novos empréstimos depois de registrar prejuízo na esteira da falência de diversas empresas do setor, como o hedge fund Three Arrows Capital e a corretora FTX.
Sem acesso aos recursos, os usuários do Gemini Earn se voltaram contra Winklevoss, processando ele e seu irmão cofundador, acusando a dupla de fraude.
O anúncio do pedido de recuperação judicial da Genesis ocorre em um momento em que ambas as empresas estão envolvidas em uma disputa com os reguladores. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) alega, em uma ação movida na Justiça, que Gemini e Genesis venderam valores mobiliários não registrados.