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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta quinta-feira, 5, que o País está passando por “enormes dificuldades” e disse não ser “normal” que uma nação como o Brasil cresça 1% ao ano. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, divulgado na quarta-feira, 4, apontou que a economia brasileira cresceu apenas 1,1%.
“Estou muito preocupado, não durmo tranquilo, não é normal um País como o Brasil crescer 1% ao ano. Claramente, isso causa frustração em vários segmentos da sociedade”, disse Mansueto, durante abertura do Fórum Consad em Brasília.
Na quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o resultado do PIB era esperado pelo governo, e que não havia entendido a “comoção” com os números.
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A declaração de Mansueto foi dada em um momento em que o secretário frisava ser importante se chegar a um consenso sobre o que o Brasil precisa fazer para ter um crescimento maior, através de debate e transparência.
“Ninguém é obrigado a concordar com tudo que é feito, mas o bom debate político é sentar à mesa e discutir”
Segundo ele, ninguém defende medidas como o aumento de impostos e da complexidade do sistema tributário, por exemplo.
O secretário também citou o comentário feito na quarta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o PIB, quando ressaltou a importância da participação do Estado no desenvolvimento do País. Para ele, o que Maia quis dizer é que preciso criar espaço nas contas públicas para aumentar investimento público. “Todo mundo quer ajuste fiscal para aumentar investimento público. Investimento público no Brasil é muito baixo”, disse, frisando a importância das reformas.
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Na quarta, ao explicar a declaração, Maia disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que defende as reformas para que o Estado brasileiro tenha como abrir capacidade de investimento.
Mansueto ainda afirmou que o Brasil tem feito conquistas importantes, e que a situação no País melhorou muito. Para avançar, ele ponderou que é preciso ter “calma e transparência” e aprofundar o debate político, respeitando divergências.
O secretário também rejeitou a ideia de que o Congresso estaria atrasando o andamento das reformas. “Não está atrasando, está debatendo, está no seu ‘timing'”, disse, emendando ser importante que o governo estabeleça um diálogo cada vez mais transparente com o Parlamento e com a população sobre as escolhas que estão sendo feitas. “Temos que ter esforço maior para tornar mais claro para a população quais são as escolhas que estamos fazendo”, concluiu.
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Mansueto também afirmou que o Congresso está aberto ao debate, e que há um ambiente muito mais favorável para discussões. Como exemplo, ele citou o projeto de independência do Banco Central. “Nem todo mundo precisava concordar com independência do Banco Central, mas hoje se pode debater”, disse, destacando que não via isso há muito tempo.