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SÃO PAULO – Não é apenas no Brasil que o temor de uma bolha imobiliária gera discussões. Nesta segunda-feira, um estudo mostrou que o preço pedido por residências no Reino Unido saltaram para £ 250 mil (US$ 419 mil) em fevereiro, valor 6,9% superior ao registrado um ano atrás. Este é o maior aumento anual de preços em mais de 6 anos.
A alta representa um avanço de £ 16,22 mil nos preços dos imóveis, o que aumenta as preocupações de que a país esteja vivendo uma bolha no setor. Bolhas passadas já tiveram forte efeito negativo na economia do Reino Unido, deixando muitos proprietários com contas no negativo. Uma bolha neste momento poderia diminuir os gastos dos consumidores, impactando a recuperação da país.
Nem um aumento de 18% no número de novos vendedores conseguiu compensar a escassez de oferta, levando os preços dos imóveis para novas altas. Em entrevista para a CNBC, Miles Shipside, diretor da Rightmove e analista afirmou que é preciso alimentar mais o mercado para conseguir segurar os preços.
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“Oferta e procura desequilibradas estão piorando em muitos mercados, como resultado de vários anos de baixa oferta de residências, especialmente em áreas onde a economia local e o emprego são fortes”, afirmou Shipside.
Bank of England nega bolha
O líder do BoE (Bank of England), Mark Carney, rejeitou a ideia de que o Reino Unido vive em uma bolha imobiliária, afirmando em uma entrevista para a BBC, que a atividade imobiliária na país está abaixo das médias históricas.
“O que temos visto é um ajuste do mercado imobiliário dos baixos níveis vistos recentemente. Se você olhar para o nível de negociações, quantas casas são compradas, quantas são hipotecadas, a queda é de mais de 50%… o mercado está se recuperando, mas os níveis ainda estão 25% abaixo das médias históricas”, afirmou Carney.