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SÃO PAULO — Com 60% dos custos em dólar, especialmente pela importação de trigo e outros insumos, a fabricante de alimentos M.Dias Branco (MDIA3) teve que reajustar os preços de seus produtos no segundo trimestre de 2021. Com isso, viu seu market share diminuir na comparação com igual período do ano passado.
Mas, de acordo com Fábio Cefaly, diretor de relações com investidores da companhia, o movimento foi calculado e já era esperado — e houve uma retomada da participação de mercado da companhia nos últimos meses. Em live do InfoMoney, o executivo explicou os motivos que fizeram a M.Dias Branco focar em produtos de maior valor agregado, e falou sobre como a empresa tem conseguido reduzir despesas.
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“Retraiu nos últimos 12 meses, na comparação do 2T21 com o 2T20, em biscoitos e massas. Retraiu porque nós aumentamos os preços antes do mercado. São produtos que têm elasticidade. Você coloca o preço acima da concorrência e acaba perdendo volume. No curtíssimo prazo, a gente já conseguiu recuperar um pouco. Esperamos que esta seja uma tendência”, disse Cefaly.
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
O executivo explicou que a queda nas despesas reflete o programa encerrado em dezembro chamado Multiplique, com ações voltadas ao ganho de eficiência e redução dos custos. Sobre esse assunto, ele destacou ainda que a crise hídrica é um risco, já que impacta o custo de operação, diante do aumento nos preços de energia.
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Em relação a uma eventual falta de energia, Cefaly comentou sobre as alternativas da companhia. “O preço da energia sobe e acaba impactando nosso custo. A gente tem mais de 10 fábricas no Brasil, então tem algum espaço de flexibilidade para realocar produção. Não é algo que se faz de um dia para o outro, mas, se for necessário, isso é possível. A gestão de estoques também é outra ferramenta para evitar ruptura no abastecimento aos clientes. Nas fábricas, nós temos geradores, um outro caminho de proteção”, afirmou.
O DRI comentou ainda sobre eventuais fusões e aquisições, uma vez que 60% da receita do grupo hoje vem de marcas de empresas que foram adquiridas pela M.Dias Branco, especialmente a Piraquê, que hoje representa 10% da receita total do grupo. Ele falou também sobre os investimentos previstos para 2021 e 2022, e sobre exportações.
Em relação ao e-commerce, Cefaly afirmou que a M.Dias Branco começou a oferecer produtos em plataformas digitais, como o iFood e CornerShop, e que a demanda tem sido forte. “Na CornerShop, por exemplo, já representamos 25% das vendas de biscoitos e salgados”, afirmou. O executivo disse que a pandemia acelerou os planos da empresa de ter um marketplace próprio para vender produtos de suas 19 marcas. Assisa à live completa acima, ou clique aqui.
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